lunedì 22 ottobre 2007
fragmento de vade retro, 1998.,.carta comprida à minha filha
J’ai oublié. J’avais dis que je n’écrirai plus en portugais ni en espagnol. Mas não posso. E mais forte que eu. Afinal de contas, Brasil foi o tempo da minha adolescencia. Importantìssimo. Como então deixar de escrever, mesmo se besteiras sem importancia, como deixar de escrever em portugues?! Se a música, o ritmo que mais gosto, é o samba! A música brasileira que me faz chorar de saudades ao escutar o Vinicius, que além do mais conhecì, ao Chico, a Maria Bethania, a tantos e tantas que adoro e que me levam ao longe, longe, a beira do mar de Copacabana ou Ipanema. A Barra da Tijuca, quando ainda era minha e de todos aqueles que a conheceram antes de ser transformada nesta merda que é agora!
Rio de Janeiro, que beleza! Podem fazer de tudo: construir, destruir onde antes eram morros ou praias, fazer condominios no lugar das favelas, podem pôr o Rio de cabeça, Rio será sempre aquele lindíssimo espetáculo que me recebeu uma formosa manhã de cinquenta anos atràs. Cheia de medos, cheia de sonhos, cheia de esperanças, ilusões que nunca perdì. O Rio de Janeiro me deu a vida. O ritmo. A beleza. E o mais importante, a amizade. Depois, muito tempo depois, me trouxe também, o amor. Rio de Janeiro é talvez o mais próximo ao que podería chamar de :minha terra.
Zigzag. Ancora. Non posso farci nulla. Il pensiero, le immagini che mi sfiorano, sfumature, flashback venuti da tanto lontano, non sono, non possono essere lineari. Non sono comé le mie linee. Pensandoci meglio neanche esse sono esattamente lineari . E la vita segue una linea dritta? Neanche i fili delle trame di un tessuto - parlo di quelli fatto a mano, non in fabbrica - vanno totalmente in linea dritta. Qui troviamo, per fortuna la mano dell’ artigiano, con la sua creatività, comè anche nella vita. Siamo gli artigiani dalla nostra vita. Non c’è la mano di nessun altro. Chissà - lo credo a giorni - c’è la fatalità. Ma in realtà la vita, la vita che s’intreccia, si arrampica, balla, salta, si sgretola, si svolge, rivolge, spinge, la vita fa di tutto: è un sfolgorio. E tu, sei un folletto nelle mani di una fata. Ogni tanto, spunta una strega... A volte sembra che vai a vanvera e che qualcuno ti spinge come il fiume spinge le pietrine. Però, non credo che sia proprio così. In verità, non ho ancora scoperto se è la vita che ti spara al vento o si sei tu chi sfuggi dal vento girovagando insieme alla fata. Chi lo sa, forse per scappare della strega che ti sta alle calcagne... la paura di cadere nelle sue grinfie, ti fa scivolare e cadi all’orlo di cammini che non avevi mai sognato di intrapprendere. Ti trovi all’improvviso con la mente insabbiata di confusioni, con il viso stracciato a causa di un riso stonato che pare venire chissà da dove. E il tuo. Di fronte a certi fatti compiuti non possiamo farci niente. Solo ridere. Piangere non risolve niente. “ Ridi, pagliaccio “, è più saggio.
Vade retro, retrocedi, diabo de vida.
... te das cuenta que una vez más atravieso años, voy, vengo, y parece que hablo sin piés ni cabeza. Parece pero no es así. Sin querer, queriendo, me mimetizo a la vida. Ya que la vida tambien, va y viene, es llena de confusiones, contradicciones, imprevistos - ai de nosotros si no existiera el imprevisto -, y como ves este “dizquelibrodememorias”, si, será un libro de memorias pero de memorias presentes, que en este preciso instante ya no es presente, ni tampoco futuro. Vaga, divaga, indaga, sempre en el pasado que, por suerte, tiene el don de la ubicuidad.
Je m’imagine que tu t’es déjà dis que ceci n’est qu’une longue très longue lettre qui avait commencé par essayer d’être ce que tu avais voulu: un livre de mémoires. Trop, pour moi...
Allora, imitando la vita - non è un plagio però, - sarebbe inammissibile o meglio diciamo irrealizzabile, cammino sopra questa macchina raccogliendo, afferrando strilli, risate come fulmini, rammentando fatti e discussioni, strepiti di voci che non mi hanno mai abbandonato, anzi mi avvolgono in una tela di ragno, sento l’eco di melodie, ritmi che ho tanto sentito, vissuto, dansant et faisant l’amour.... E nel recondito di tutta me stessa, come un tesoro celato che luccica come un raggio di sole, ci sieti voi..
E agora que voce leu a primeira parte destas palavras jogadas de qualquer maneira, e que voce me disse que chorou, quero te dizer uma coisa. Se chorou de saudades, me parece muito bem. A saudade é um sentimento lindissimo, é como o crepúsculo que - pelo menos a mim - me faz rever escenas do passado e tê-lo no presente, é sem querer querendo, sonhar com o que hà de vir. Esperar algo sempre. Sempre. Acontecimentos, coisas, gente linda. Sempre algo carregado de esperanças como a criança que você foi y que siempre colmó mis dias de un hechizo de belleza, de ternura profunda. Que és, será perenne. Credo che mi hai capito. Non mi hai mai deluso. Né come persona, né come figlia ed amica, né come artista. Come madre e moglie, poi, sei esageratamente e quasi ( grazie a tutti i santi che non lo sei totalmente...) perfetta.
Mas se chorou por qualquer outra razão, não quero saber qual. E me desculpe, mas aì sim, nem aceito, nem estou de acôrdo...Seja que fôr. Chega.
Tu sais que je vous aime. Aime,sais que, los amo.
Adesso ti porto con me. Facciamo un giro. Come quando siamo andate - avevi credo sei anni - a Itatiaia, con i soldi del primo quadro che avevo venduto nella mia prima mostra. Quel quadro che, dopo che l’avevano preso ed io avevo già speso i soldi, me l’hanno riportato “ perché il colore della chitarra non andava bene con il loro divano”!!! Volevano che cambiassi il colore nel mio quadro. Ti puoi immaginare la mia risposta... Questa fu la mia prima esperienza con la insensibilità di molte persone riguardo alla pittura. Ti posso raccontare ancora tanti di questi incontri e scontri, che ho avuto un po dapertutto. Ma non ne vale la pena. Anche tu conosci tutto questo. Purtroppo, credo che peggio dell’insensibilità è quello che s’inventano certi critici - artisti frustrati - “ dizqueinterpretando “ i miei dipinti e disegni. Però non vale la pena parlarne.
Je disais donc, que j’aimerai faire un tour avec toi. E se te falei daqueles dias de Itatiaia é somente porque me lembro como você se divertiu plantando tua primeira árvore. E te ver assim tão contente, tão importante, sim agora e aqui depois de tantos anos, fico outra vez feliz como aquele dia. Sabe, Dominique, mesmo se eu comencei a falar de que iria falar ( quantas falas!...) do destino das coisas e a àrvore està muito longe - ficou là em outras paisagens - não tem importancia. Porque aquela alegria tua, a tua cara risonha e orgulhosa, està aqui comigo. Mas devemos continuar nossa viagem ao rededor deste meu mundo que estou compartindo com você, nestes momentos.
E agora, olha esta coisa que foi uma vez uma panelinha. Lembra? Você brincava là no Biarritz,- atràs do jardim todo arrumadinho- havia um terreno baldìo onde você gostava de encontrar “ tesouros” e uma tarde encontrou um, lindo, todo oxidado, e veio correndo e tão contente para dà-lo a “ minha, minha, minha mãe “ como me chamavas, naqueles tempos... A panelinha, com o tempo ficou cada vez mais bonita e dentro dela tem uns pincéis.
Quer continuar este passeio atravès dos anos ?Olha alì na parede, este quadro que està caindo aos pedaços. Um dia você se instalou no chão, perto de mim e declarou muito séria que iría pintar um quadro como eu . E com minhas côres. E, è isso mesmo. Tomaste o resto das côres que estavam sobre a paleta e fez esta pintura. Otima para uma criança de uns cinco anos. Igual de boa que aquele desenho do leão e do palhaço que agora estão com Tamara. Outro desenho colorido que era lindo, mas que Wesley - que fazía coleção de desenhos de crianças - quis para ele. Você gostava muito dele e você mesmo deu pr’a ele uns tempos depois. Chato, mas enfim o que foi mais lindo ainda do que o desenho, era como o fez, como me deu e o que você disse que representava. Vou contar: logo, logo que você chegou de São Paulo , - sem mesmo me dar um beijo, correu para o nosso atelier, e fez um desenho. Lindíssimo e estranho. E veio, também correndo e o jogou para mim com o teu sorriso, de sempre, meigo e meio sem geito. “ Não quer saber o que é? “ me preguntastes e mesmo antes de que eu respondesse: “ E uma parede de estrelas para minha fada.” Aí, eu de besta para escutar você me dizer essas coisas lindas que você diz de vez em quando ( ainda hoje...), te preguntei: “ e quem é a fada ? “ como resposta foi um “ puxa, mãe, você sabe muito bem quem é!“ E saiu na disparada ...
nunca esqueci....
e voce lembra de meu irmao,Gigi, ele te adora...e eu a ele...
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