Mas vê-lo fazendo o que tanto gostava, que ajudava a passar o tempo, a fazer novas amizades, a conversar,....vê-lo fazendo o que tanto gostava me deixa feliz.
Querida Myra, Eu gostava muito de ler os escritos do seu irmão. Realmente estou muito triste com a sua partida (para um mundo melhor com certeza). Contudo devo te alertar que pela tradição judaica devemos deixar os mortos em paz, para que possam desencarnar tranquilamente...portanto acredito sinceramente que você deveria deixá-lo em paz, parar de escrever e de conversar com ele. Abraços
obviamente estou respondendo ao Anonimo 2 ( o primeiro se entende que sou eu) quero te dizer que NAO GOSTO das pessoas que nao dizem quem sao. Nao gosto dos Anonimos, e ainda mais aqueles que dao conselhos.Se voce é judeu ou judia, me imagino que sabe o que diz, mas nao me conhece e nao creo que conheceu, realmente o meu irmao. Vou seguir por tanto fazer com amor o que sinto e por amor a ele, que tampoco seguiu o rirual da cerimonia judia. Ele desejava ser cremado e as cinzas jogadas no mar do Rio.Os filhos e Lia seguiram o seu desejo, e nao por isto, ele era menos judeu, igual que eu, que sou judia mas nao gosto a imposiçao de ritos, rituais, leis, etc. Sempre fiz ( fizemos ) o que nos parecia bem e justo.Sem lastimar jamais aos outros.Ao contrario tratando sempre de ajudar.Nem ele nem eu fizemos algo para lastimar aos outros,pelo menos nao conscientemente, ninguem é perfeito...
No Myra. Yo no soy el anónimo. Me refiero al comentario que dejaste en mi blog, en un poema que se llama Broma, y que te hizo recordar a tu hermano, que siento que ese poema te pusiera triste.
Myra, eu escrevi umas palavras no meu blog, num dos sumiços do nosso querido Iosif, por causa da sua saúde. Se quiser ler, o link é o seguinte: http://avessodemulher.blogspot.com/2008/10/versos-mudos.html
Querida Myra, O anonimo e uma anonima, tenho nome e sobrenome, mas voce nao me conhece , dai nao faz a minima diferenca o meu nome; mas por desencargo de consciencia o meu nome e Perla, sou judia, nem um pouco religiosa, conhecia o seu irmao virtualmente (somente) e gostava muito dele. O fato da alma precisar deste tempo para a desencarnacao independe da nossa vontade ou da nossa fe. Cabe a voce acreditar ou nao e tomar as atitudes que quieira independentemente do que eu disse. Nao me ataque gratuitamente. O meu objetivo foi o melhor possivel e como voce mesma diz, ninguem e perfeito...
@Anônimo, você diz: "O fato da alma precisar deste tempo para a desencarnacao independe da nossa vontade ou da nossa fe"
Cada pessoa tem o seu modo de relacionar-se com a dor, com a perda. Eu, por exemplo, perdi e continuo perdendo amigos, parentes mas não posso imaginar, aliás não quero nem tentar imaginar o que significa perder um irmão ou um filho. A Myra perdeu ambos. Deixe ela lidar como bem entende com a própria dor. Não são os mortos o problema, não são eles que devem "desencarnar", não são eles que ficam amarrados à terra ou às pessoas. Ahimè, somos nós que restamos... Se a vida, a existência, fossem menos importante no ebraismo não existiria um preceito tão belo e sagrado quanto aquele que diz que matar um homem significa matar a humanidade inteira... Guarde ao seu redor anônima, observe, converse, ame, respeite, viva moça. Não existe modo melhor de celebrar a própria crença.
Silvana Guimaraes me mandou este texto: Tony Bellotto I-O-S-I-F quinta-feira, 27 de agosto de 2009 | 20:50
Delmore Schwartz, poeta e contista americano, foi professor de Lou Reed — o roqueiro repórter literário do submundo — na Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos. Uma vez, ao fim de uma aula, Delmore disse a Lou: "Você sabe escrever. E se algum dia você vender bem, e se houver um paraíso aonde possa ser assombrado, eu vou te assombrar". Quando Delmore morreu, em 1966, o jovem Lou esteve presente ao funeral do poeta.
Muitos anos depois, Lou Reed escreveu uma música em que conta que, ao mudar com a mulher para uma nova casa, se depara com um tabuleiro em que letras formaram ao acaso o nome D-E-L-M-O-R-E. Ao invés de se assustar com a presença do fantasma, Lou se inspira por ela. Eu não pude ir à cremação de Iosif Landau, estava viajando a trabalho. Iosif nasceu na Romênia em 1924, chegou ao Rio em 1940 e se naturalizou brasileiro em 1946. Formou-se em engenharia em 1949 e viajou muito pelo Brasil no exercício da profissão. Depois de aposentado, em 1993, Iosif começou a escrever. Escreveu poemas e três romances policiais, Comissário Alfredo, Os Anjos Também Morrem e O Diabo Vestia Seda.
O comissário Alfredo, personagem alter-ego de Iosif, é um típico policial hard boiled à moda dos detetives durões da literatura noir americana clássica, na linhagem de Hammet e Chandler, com toques da literatura beat, outra de suas influências marcantes. Livros gostosos de ler, na escrita viril e durona de Iosif. Conquanto o comissário Alfredo seja meio casca-grossa, sem papas na língua, Iosif era um cavalheiro. Sempre o encontrava no clube que frequento aqui em Ipanema. Minha simpatia por ele foi imediata, Iosif usava cabelo comprido, tatuagens pelo corpo, e tinha um ar transgressor que me lembrava um poeta beat. Algum companheiro desgarrado de Jack Kerouac que terminou de sunga, tomando sol numa piscina em Ipanema.
Iosif trazia no rosto a tristeza silenciosa dos poetas. Nossas conversas nunca eram muito longas, mas havia entre nós um entendimento sólido que talvez só as palavras de um poeta possam explicar. "Mais nada para ser dito e mais nada para ser chorado, só os seres no Sonho agarrados ao desaparecerem", diz Allen Ginsberg num de seus poemas. Éramos companheiros, à nossa maneira. Quando voltei de viagem, e fui informado de que meu escritório estava com um vazamento d'água no teto, fiquei preocupado. Meus livros, pensei. Corri ao escritório. A água vazada no teto adquirira a forma de letras esparsas. Uma palavra? Um nome: I-O-S-I-F. Como Lou Reed, em vez de me assustar com a presença do fantasma, me inspirei por ela.
Myra, meu amor agora que tive tempo de vir aqui, pelo que entendi seu irmão faleceu né? Meus pesâmes linda, infelizmente a vida é assim, uns vêem, outros vão, mas com certeza eles está melhor que nós, está descansando. Beijos minha linda e espero que tu melhore.
Pittrice conosciuta in America Latina, specialmente Messico e Brasile, con più di 60 mostre individuali, e circa 150 mostre collettive.
Su blog desde 2007
Myra Landau è senza dubbio un punto fermo nella storia dell’arte latinoamericana.
Nata in Romania, ma cresciuta da quando aveva 12 anni tra Brasile e Messico, Myra Landau ha adottato le colline romane come dimora, dopo essere arrivata in Italia nel 1994.
«Non ho patria, e anche la parola patria non mi piace. Ho vissuto in molti paesi, ma sono una persona senza limiti di frontiere o bandiere. Dove ho gli amici, sono a casa e l'Italia è per me cosi». Racconta in queste poche parole la sua intensa vita, iniziata dalla fuga dall’Europa sconvolta dalla guerra e dai regimi totalitari, approdata sulla riva della libertà espressiva del Brasile degli anni ’50.
La Landau è poi maturata come artista in Messico, dove ha lavorato ed insegnato belle arti per decenni.
Vade retro è il romanzo intenso della sua vita, scritto in quattro lingue.
24 commenti:
Myra, não entendi o que está escrito.
Mas vê-lo fazendo o que tanto gostava, que ajudava a passar o tempo, a fazer novas amizades, a conversar,....vê-lo fazendo o que tanto gostava me deixa feliz.
abraços com carinho
Ainda vejo o tio tio no cantinho dele o dia que fiz essa foto.:)
Esse blog me da arrepio..:) de EMOCAO !!!!!!
Boa noite meu querido tio Gigi!
Da mão dada, com a dádiva do carinho, do amor e da ternura que vos unia!
Beijinho terno, Myra!
Lindo o que escreveu Myra, obrigada por me dizer. Ele falava dela com muito carinho e cuidado. beijo nos seu coração.
obrigada pelas suas lindas palavras
Querida Myra,
Eu gostava muito de ler os escritos do seu irmão. Realmente estou muito triste com a sua partida (para um mundo melhor com certeza). Contudo devo te alertar que pela tradição judaica devemos deixar os mortos em paz, para que possam desencarnar tranquilamente...portanto acredito sinceramente que você deveria deixá-lo em paz, parar de escrever e de conversar com ele.
Abraços
Imortal Iosif!
Imorredouro Landau!
Um abraço, Myra.
Continuemos...
Beijo Myra. Estamos aí, pro que der e vier. Beijos
obviamente estou respondendo ao Anonimo 2 ( o primeiro se entende que sou eu)
quero te dizer que NAO GOSTO das pessoas que nao dizem quem sao. Nao gosto dos Anonimos, e ainda mais aqueles que dao conselhos.Se voce é judeu ou judia, me imagino que sabe o que diz, mas nao me conhece e nao creo que conheceu, realmente o meu irmao. Vou seguir por tanto fazer com amor o que sinto e por amor a ele, que tampoco seguiu o rirual da cerimonia judia. Ele desejava ser cremado e as cinzas jogadas no mar do Rio.Os filhos e Lia seguiram o seu desejo, e nao por isto, ele era menos judeu, igual que eu, que sou judia mas nao gosto a imposiçao de ritos, rituais, leis, etc. Sempre fiz ( fizemos ) o que nos parecia bem e justo.Sem lastimar jamais aos outros.Ao contrario tratando sempre de ajudar.Nem ele nem eu fizemos algo para lastimar aos outros,pelo menos nao conscientemente, ninguem é perfeito...
Siento que lo que escribí te pusiera triste.
Un beso y mil perdones.
No Myra.
Yo no soy el anónimo.
Me refiero al comentario que dejaste en mi blog, en un poema que se llama Broma, y que te hizo recordar a tu hermano, que siento que ese poema te pusiera triste.
Besos.
Myra, eu escrevi umas palavras no meu blog, num dos sumiços do nosso querido Iosif, por causa da sua saúde. Se quiser ler, o link é o seguinte: http://avessodemulher.blogspot.com/2008/10/versos-mudos.html
Querida Myra,
O anonimo e uma anonima, tenho nome e sobrenome, mas voce nao me conhece , dai nao faz a minima diferenca o meu nome; mas por desencargo de consciencia o meu nome e Perla, sou judia, nem um pouco religiosa, conhecia o seu irmao virtualmente (somente) e gostava muito dele.
O fato da alma precisar deste tempo para a desencarnacao independe da nossa vontade ou da nossa fe.
Cabe a voce acreditar ou nao e tomar as atitudes que quieira independentemente do que eu disse.
Nao me ataque gratuitamente. O meu objetivo foi o melhor possivel e como voce mesma diz, ninguem e perfeito...
Myra, querida amiga, mesmo de pouco tempo, mesmo de tempo difíceis, tenho pensando em você.
Muitas vezes não sei o que dizer. Mas estou por perto.
abraços forte.
@Anônimo, você diz:
"O fato da alma precisar deste tempo para a desencarnacao independe da nossa vontade ou da nossa fe"
Cada pessoa tem o seu modo de relacionar-se com a dor, com a perda.
Eu, por exemplo, perdi e continuo perdendo amigos, parentes mas não posso imaginar, aliás não quero nem tentar imaginar o que significa perder um irmão ou um filho.
A Myra perdeu ambos. Deixe ela lidar como bem entende com a própria dor.
Não são os mortos o problema, não são eles que devem "desencarnar", não são eles que ficam amarrados à terra ou às pessoas. Ahimè, somos nós que restamos...
Se a vida, a existência, fossem menos importante no ebraismo não existiria um preceito tão belo e sagrado quanto aquele que diz que matar um homem significa matar a humanidade inteira...
Guarde ao seu redor anônima, observe, converse, ame, respeite, viva moça. Não existe modo melhor de celebrar a própria crença.
Silvana Guimaraes me mandou este texto:
Tony Bellotto
I-O-S-I-F
quinta-feira, 27 de agosto de 2009 | 20:50
Delmore Schwartz, poeta e contista americano, foi professor de Lou Reed — o roqueiro repórter literário do submundo — na Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos. Uma vez, ao fim de uma aula, Delmore disse a Lou: "Você sabe escrever. E se algum dia você vender bem, e se houver um paraíso aonde possa ser assombrado, eu vou te assombrar". Quando Delmore morreu, em 1966, o jovem Lou esteve presente ao funeral do poeta.
Muitos anos depois, Lou Reed escreveu uma música em que conta que, ao mudar com a mulher para uma nova casa, se depara com um tabuleiro em que letras formaram ao acaso o nome D-E-L-M-O-R-E. Ao invés de se assustar com a presença do fantasma, Lou se inspira por ela. Eu não pude ir à cremação de Iosif Landau, estava viajando a trabalho. Iosif nasceu na Romênia em 1924, chegou ao Rio em 1940 e se naturalizou brasileiro em 1946. Formou-se em engenharia em 1949 e viajou muito pelo Brasil no exercício da profissão. Depois de aposentado, em 1993, Iosif começou a escrever. Escreveu poemas e três romances policiais, Comissário Alfredo, Os Anjos Também Morrem e O Diabo Vestia Seda.
O comissário Alfredo, personagem alter-ego de Iosif, é um típico policial hard boiled à moda dos detetives durões da literatura noir americana clássica, na linhagem de Hammet e Chandler, com toques da literatura beat, outra de suas influências marcantes. Livros gostosos de ler, na escrita viril e durona de Iosif. Conquanto o comissário Alfredo seja meio casca-grossa, sem papas na língua, Iosif era um cavalheiro. Sempre o encontrava no clube que frequento aqui em Ipanema. Minha simpatia por ele foi imediata, Iosif usava cabelo comprido, tatuagens pelo corpo, e tinha um ar transgressor que me lembrava um poeta beat. Algum companheiro desgarrado de Jack Kerouac que terminou de sunga, tomando sol numa piscina em Ipanema.
Iosif trazia no rosto a tristeza silenciosa dos poetas. Nossas conversas nunca eram muito longas, mas havia entre nós um entendimento sólido que talvez só as palavras de um poeta possam explicar. "Mais nada para ser dito e mais nada para ser chorado, só os seres no Sonho agarrados ao desaparecerem", diz Allen Ginsberg num de seus poemas. Éramos companheiros, à nossa maneira. Quando voltei de viagem, e fui informado de que meu escritório estava com um vazamento d'água no teto, fiquei preocupado. Meus livros, pensei. Corri ao escritório. A água vazada no teto adquirira a forma de letras esparsas. Uma palavra? Um nome: I-O-S-I-F. Como Lou Reed, em vez de me assustar com a presença do fantasma, me inspirei por ela.
Lindo esse trabalho! Bonita homenagem!
Assim caminha a humanidade!
Apenas deixo um beijinho, querida Myra!
Myra,
hoje deixo também um doce: vá a http://osmeusdiasfelizes.blogspot.com/.
Tem lá um toque de delicadeza infantil para si.
Beijinho terno
Myra contente por você está passeando no meu blog, viajando nos meus pensamentos e me abraçando.
Senti o seu abraço,e venho retribuir, e estou contigo.
Como estão seus dias? Como está você?
Espero, desejo, que esteja melhor nos seus dias.
abraços com carinho
Myra, meu amor agora que tive tempo de vir aqui, pelo que entendi seu irmão faleceu né?
Meus pesâmes linda, infelizmente a vida é assim, uns vêem, outros vão, mas com certeza eles está melhor que nós, está descansando.
Beijos minha linda e espero que tu melhore.
obrigada vcs todos....
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