giovedì 18 luglio 2013
meu amigo o sapateiro
Frente a minha casa na rua Alfaro, em Xalapa, numa casinha que era somente um buraco,vivia e trabalhava um sapateiro, velho, velho mas ainda remendava sapatos, poucos.
De tanto passar por perto comencei a dizer- lhe oi, porem nada, nao repondia. Para conquistar-lo lhe trouxe um dia cigarros Del Prado,fumo forte como ele.
.
.Me olhou e me deu um vago sorriso.Tinha me chamado atencao uns velhos jornais na parede desdentada como ele. E queria saber de que se tratava, era algo sobre a Revolucao! Acho.
.Continuei a dizer-lhe todos os dias, oi, ate que um dia me fez sinal de sentar-me num banqunho onde colocava os sapatos para concertar.
Feliz, me sentei.oi, disse, oi, repondeu com dificuldade, ja nao estava acostumado a falar...perguntei pelos jornais, num vago sorriso murmurou muito devagar que estes jornais eram sua vida.
Todos os dias me sentava ali, e pouco a pouco me contou coisas daquela epoca que acho pouca gente sabia,so os velhos, muito velhos como ele.
.Nunca me disse seu nome. Nunca perguntou o meu.Eu era vizinha de cabelos brancos e ele o sapateiro.
Ficamos amigos.Nunca soube que e qdo comia, e nao queria ofender-lo levando-lhe algo para que se alimentasse. Era mto magro..
Um dia levei-lhe umas sandalhas para arrumar.Nao vou cobrar nada, voce e minha miga, me disse.. O dia seguinte lhe trouxe uma grande caixa de cigarros Del Prado, obvio. Tambem ele era meu amigo!
Logo depois tive que ir por uns dias ao DF.
A primeira coisa que fiz ao voltar foi ver como estava meu amigo o sapateiro.
Triste surpresa. Tinha morrido!
Mas antes ainda conseguiu dar a uma outra vizinha, minhas sandalhas e disse a ela de dar eles a vizinha de cabelo branco, e de dizer-lhe que foi a unica alegria de seus muitos anos ali.
Nunca pude agradecer-lhe a sua grande sabedoria e amizade.
Jamais o esqueco..
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11 commenti:
Vou sair agora, para fora do Porto, e não sei a que horas posso ler e comentar...
Desculpa, Myra !
Um beijoooooooooooooooooooooooooooo
Linda história de vida,mora! Beijos do mar,chica
Myra,
Tive um arrepio ao ler esta história.
O arrepio era fruto da beleza pela partilha que houve entre os dois.
Há pessoas especiais, essas pessoas encontram-se sempre.
Os jornais, a vida, a troca... foram apenas os encontros e acasos que definiram uma bela amizade.
O desenho está sublime.
Tenho uma surpresa no (IN)Cultura.
Beijinho. :))
Querida Myra,
Como sabes já comentei hoje no facebook esta linda história,que se encaixa muito bem na tua sensibilidade, imensa...entretanto tive que sair e agora vim espreitar o teu blog.
O comentário acima é falso, claro, do mesmo anonimo idiota de sempre. Logicamente a filha não me torceu o braço e continuo a escrever no computador dela quando me apetece, sim porque nem sempre me apetece e não vivo dependente da internet como o idiota que falsifica os comentários que deixo para tràs, nem tão pouco me interessa minimamente andar por cá como ele insinua, pelo contrário, ligar o computador passou a ser para mim de um tédio imenso, só o faço pelo prazer que me dá de matar saudades de amigos como tu e para ler o correio, simplesmente.
Entretanto deixo-te um grande beijinho.
São os momentos de beleza entre os seres humanos que nos enriquecem todos os dias.
Conte-me mais histórias! de ve ter tantas...todas com a sua grandiosidade!
Beijinhos mil
Isso não vale, veio-me lágrimas, meu avô era sapateiro. Como ele é sempre presença apesar de não viver entre nós, essa presença se tornou mais forte com esse relato. Bjos, pessoa amada e especial.
Uma história bonita e comovente.
Há muita gente solitária, para quem uma palavra amiga e um pouco de companhia vale tanto!
Ele morreu depois de a ter como amiga.
Morreu com essa alegria.
Um beijinho
Muito lindo isso!
Solidariedade e boas ações _um sorriso e ei um amigo feliz!
Parabéns Myra
Comovente essa tua bela recordação.
Da vida o que importa mesmo são as nossas recordações.
Amei cada palavra!
Beijos querida Myra!
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