giovedì 4 agosto 2016

importante escrito faz tempo mas valido sempre...

Tudo començou um dia de 1965. Un ato de extrema violencia.
 Acordei, fui à sala e vi pendurados os meus ultimos quadros, minha  primeira tentativa de pintura abstrata,

trabalho de  uns seis meses,  cortados. Os pedaços  cortados, colocados dentro dos  cortes…isto jà não era  ironia

mas um intenso sarcasmo…uma violencia contra mim.

 Que maneira tremenda de expressar uma critica!!! ( este , è meu comentario  de agora …) – enfim, continuemos.

 Agora que o tempo passou, posso dizer que perfeitamente cortados. Teriam feito inveja ao proprio Fontana! com a

diferença que ele criou, construiu, enquanto que os meus estavam totalmente destruidos. Uma agressão que  so

entendi mais tarde…agora  não vem  ao caso de falar de quem o fez…jà morreu…e nem tinha realmente culpa, eram

ciumes de  um adolescente…
Tempo depois em vez  de sentir raiva dele, tive que  agradecer-lhe.
Durante mutito tempo não pude  mais pintar. Não via claro. Não via nada.
Mas como è sabido que a destruição , em certos casos traz beneficios, que da destruição pode surgir algo novo, algo

limpo, algo melhor,  inevitavelmente, surgiu. Os meus primeiros trabalhos nasceram totalmente diferentes. E o

primeiro quadro foi um quadro tão rico, tão intenso, profundo e sem fim, que até hoje sigo pintando este mesmo

quadro.  Tratarei de  explicar: este quadro foi algo misterioso, foi un quadro que muitos pintores chamamos de

“quadro chave”. Abriu um outro mundo. Outras possibilidades.Outra visão. Um quadro feito com as entranhas: Um

quadro realizado quasi num estado de transe. Un quadro intuitivo: previu a morte  de Miguel, pessoa admiravel com

quem vivia naquele tempo-  Pai daquele adolescente  mais que zangado.
 Ao ver o quadro,  me perguntou  com admiração e surpresa como se chamava. Respondi quasi sem pensar. “ Ritmo

Partido “- Pouco tempo depois morreu…
E desde então, 1965 meus quadros seguem un ritmo, o mesmo, variação  sobre o mesmo tema. Mil maneiras. Todos tem

origem naquele “Ritmo Partido “. Ou “ “ Ritmo Rojo” como se chamou tempos depois. Agora à distancia de anos, sei

que foi  o momento da  descoberta de minha caligrafia, de minha linguagem pessoal.
Depois da morte, da destruição, um nascimento: “ Ritmo Partido “, seguiram os tantos outros Ritmos  1, 2, 3, etc.

Assim se chamam meus quadros desde então: “ Ritmo qualquer coisa”…
Porque  Ritmo?
Porque Ritmo è tudo. Està em tudo.Vida, destino das pessoas seguem um ritmo. A poesia, a mùsica, a dansa,, tudo tem

Ritmo  A matematica, a geometria nem falar!
 Ritmo è equilibrio. Ritmo è beleza. Ritmo è quasi rito, também. E misterio, apesar de sua simplicidade ou

obviedade aparente.  Porque meus quadros são este conjunto de lineas? Talvez busco um equilibrio, uma harmonia que

jà não encontro no mundo que me envolve. Una total desorganição, uma violencia irracional,  agressão desde que

nascemos. Um desequilibrio no ar, nas palavras, na atmosfera, nos sentimentos. Uma confusão ilimitada. Uma

humanidade à margen da desintegração, uma percepção aleijada.
Então inconscientemente, fui “ conscientizando” estes sentimentos, estas sensações. Fui vendo pouco a pouco dentro

de mim, procurando por   ritmo  – harmonia -  equilibrio – no meu mundo.  Não posso, infelizmente “ritmar” o mundo

nem as pessoas que me rodeam.
A minha maneira de trabalhar è direta. Não preparo o linho.  Trabalho sobre ele, cru, limpo, em total  nudez. Meu

trabalho não tem subterfugios, não è pensado, mas, sim, sentido. As linhas receben uma ordem – nunca

préestabelecida – uma ordem que me vem não sei de onde, talvez da sensação dos meus olhos, ao ver a tela nua que me

espera, talvez do contacto da cor con a pele, ou de alguma sombra que a luz projetou sobre a tela. As linhas

convergem ou divergem e provocando quadrinhos., (estes  serão os obstásculos  que encontramos no sosso caminho  ?),

linhas  baseadas sempre no Ritmo Partido, procurando desde então unir os ritmos ou  partir-los mais ainda.. Não

sei. E magia pura. Sentimento. Sensação visceral. Intuição. Geometria livre . Equilibrio, ritmo enfim.

1 commento:

chica ha detto...

Já havia lido e imagino o quanto deve ter doído essa cena! b js, tudo de bom,chica