Minha geração partiu para a terra do Arco-Íris
à procura de novas ilusões e novos lares,
novas paisagens e terras macias, um Novo Mundo,
e eu tentarei atarraxar um novo rosto, de herói,
livrar-me do antigo e jogar no lixo a lâmpada queimada,
meus braços estenderei para o novo futuro.
O movimento de minha alma será o movimento das ondas
do novo mar, e meu olhar se perderá no horizonte azul,
e as mesuras de vai-e-vem das rezas são movimentos
de arrancada de um salto triplo para a nova vida.
Numa bela manhã, limpa e azul, resplandecente e luminosa,
vejo com clareza o milagre, meu neto, que me abraça rindo,
e eu visto roupas coloridas, e ouço nem perto nem longe,
vozes que cantam alegria ao som de bateria cadenciada.
Meu corpo se movimenta em harmonia com a nova alegria,
ganhei o jogo de xadrez com seus vinte e quatro quadradinhos
de desespero e vinte quatro quadradinhos de não-esperança,
estrelas brilham no meu coração, a Via Láctea bem próxima.
Hino de glória ao Deus imaginário da minha infância,
ouço o som do shofar: "as portas do paraíso se abriram".
Não beijei o solo do novo país quando desembarquei,
há sessenta anos, mas sei que me abraça,
até a ultima despedida.
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2 commenti:
Leio tudo com imensa atenção! A escrita do seu irmão prende-me nas palavras. Maravilhosas palavras na construção de fantasticos pensamento do que foi a vida...
Mil bjnhs para si pela partilha.
sim, meu irmao nao devia ter ido embora...tinha tantas coisas mais para fazer contar escrever... me faz tantaaaaaa falta!...obrigada querida Luisa...
beijos mil
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