giovedì 26 febbraio 2009

quadro chave

Tudo començou um dia de 1965.

Un ato de extrema violencia.
Acordei, fui à sala e vi os meus ultimos quadros que tinha colocado na parede,como primeira tentativa de pintura abstrata, trabalho de uns seis meses, cortados!


Os pedaços cortados, pendurados dentro dos cortes. Isto jà não era brincadeira, nem sarcasmo, mas uma intensa agressao.

Uma violencia dirigida a mim. Obvio.


Que maneira tremenda de expressar uma critica!!! ( este , è meu comentario de agora …) – enfim, continuemos.

Agora que o tempo passou, posso dizer que perfeitamente bem cortados. Teriam dado inveja ao proprio Fontana!



com a diferença que ele criou, construiu, enquanto que os meus estavam totalmente destruidos. Um ataque a mim que somente entendi mais tarde.




Não vem ao caso falar de quem o fez. Jà morreu, nem tinha realmente culpa, eram ciumes de um adolescente…
Tempo depois em vez de sentir raiva dele, tive que agradecer-lhe.

Durante mutito tempo não pude mais pintar. Não via claro. Não via nada.
Mas como é sabido que a destruição, em certos casos traz beneficios, que da destruição pode surgir algo novo, algo limpo, algo melhor, inevitavelmente, surgiu. Os meus primeiros trabalhos nasceram totalmente diferentes. E o primeiro quadro foi um quadro tão rico, tão intenso, profundo e sem fim, que até hoje sigo pintando este mesmo quadro.
Tratarei de explicar: este quadro foi algo misterioso, foi un quadro que muitos pintores chamamos de “quadro chave”



Abriu um outro mundo. Outras possibilidades. Outra visão. Um quadro feito com as entranhas. Um quadro realizado quasi num estado de transe. Un quadro intuitivo: previu a morte de Miguel, pessoa admiravel com quem vivia naquele tempo. Pai daquele adolescente mais que zangado.
Ao ver o quadro, me perguntou com admiração e surpresa como se chamava. Respondi quasi sem pensar. “ Ritmo Partido “- Pouco tempo depois ele morreu.

E desde então, 1965 meus quadros seguem un ritmo, o mesmo, uma variação sobre o mesmo tema. Mil maneiras. Todos tem origem naquele “Ritmo Partido “. Ou “ Ritmo Rojo” como se chamou tempos depois. Agora à distancia de anos, sei que foi o momento da descoberta de minha caligrafia, de minha linguagem pessoal.


Depois da morte, da destruição, um nascimento: “ Ritmo Partido “, seguiram os tantos outros Ritmos 1, 2, 3, etc. Assim se chamam meus quadros desde então: “ Ritmo qualquer coisa”…


Porque Ritmo?
Porque Ritmo è tudo. Està em tudo. Vida, o destino das pessoas seguem um ritmo. A poesia, a mùsica, a dansa,, tudo tem Ritmo. A matematica, a geometria nem falar!

Ritmo é equilibrio. Ritmo é beleza. Ritmo é quasi rito, também.

E misterio, apesar de sua simplicidade ou obviedade aparente. Porque meus quadros são este conjunto de lineas?



Talvez busco um equilibrio, uma harmonia que jà não encontro no mundo que me envolve. Una total desorganição, uma violencia irracional, agressão desde que nascemos. Um desequilibrio no ar, nas palavras, na atmosfera, nos sentimentos.

Uma confusão ilimitada. Uma humanidade à margen da desintegração, uma percepção aleijada.
Então inconscientemente, fui “ conscientizando” estes sentimentos, estas sensações. Fui vendo pouco a pouco dentro de mim, procurando por ritmo – harmonia - equilibrio- – no meu mundo. Não posso, infelizmente “ritmar” o mundo e nem as pessoas que me rodeam.


A minha maneira de trabalhar é direta. Não preparo o linho. Trabalho sobre ele, cru, limpo, em total nudez. Meu trabalho não tem subterfugios, não é pensado, mas, sim, sentido.



As linhas receben uma ordem – nunca préestabelecida – uma ordem que me vem não sei de onde, talvez da sensação dos meus olhos, ao ver a tela nua que me espera, talvez do contacto da cor con a pele, ou de alguma sombra que a luz projetou sobre a tela.

As linhas convergem ou divergem e fazendo quadrinhos.



(estes serão os obstásculos que encontramos no nosso caminho ?)

Linhas baseadas sempre no Ritmo Partido, procurando desde então unir os ritmos ou partir-los mais ainda. Não sei. Magia pura.
Sentimento. Sensação visceral. Intuição. Geometria livre . Equilibrio, ritmo enfim.

6 commenti:

Branca ha detto...

Os seus "ritmos" são maravilhosos e as sensações ou intuições que lhe estão na origem.
Sente-se neles o movimento, a união, a partilha ou a quebra delas, sente-se todo esse ritmo que a vida tem.
Incrível como um momento pode mudar tudo na nossa vida!
Obrigada por partilhar.
Um abraço.
Branca

Anonimo ha detto...

Myra,

a amiga Brancamar veio lá do Varal, onde você nos encanta na FOTO DO PERFIL.
Cuidado, poderá a qualquer momento tornar-se uma das VITIMAS DA QUINTA.

Bjs

PS- Lindo seu trabalho!

Mateus Araujo ha detto...

Não há nada como sentir a arte!
*_*
seu blog é d+
bjim

Anonimo ha detto...

o seu post é uma bela exposição soberba e didatica como teria que ser.
Não sei quem fez esse favor em te tornar mais artista, mas posso adivinhar,
beijo
teu irmão de outro lado do globo terestre

Anonimo ha detto...

Obrigada por nos ensinar, por ter continuado pinrando, por ter continuado sendo Landau vida afora...
Astrid

Anonimo ha detto...

sim, meu amor, os ritmos da vida!!!
Nao para de ritmar que faz
ummmmmmm bemmmmm!!!!!!!!!!!!!...:D