mercoledì 10 agosto 2016
martedì 9 agosto 2016
algo....
hago
o deshago
sigo
o persigo
no consigo
seguir una linea final
no quiero un final de vida
con una sola linea
solitaria
por mas que hago y no deshago
que sigo y no persigo
nada consigo
se estan estechando las lineas,se estan estrechando las lineas de mi destino, se estan limitando a lo nada
las lineas que hago estan limtando mis orillas, en las lineas que hago descubro fronteras y deshacen la vida que no
hago, que ya no deshago, las lineas que me esperan son ya muy estrechas y muy estrechas son ya los dias de las
lineas de esta vida que ya no rompe ninguna frontera
o deshago
o persigo
no consigo
seguir una linea final
no quiero un final de vida
con una sola linea
solitaria
por mas que hago y no deshago
que sigo y no persigo
nada consigo
se estan estechando las lineas,se estan estrechando las lineas de mi destino, se estan limitando a lo nada
las lineas que hago estan limtando mis orillas, en las lineas que hago descubro fronteras y deshacen la vida que no
hago, que ya no deshago, las lineas que me esperan son ya muy estrechas y muy estrechas son ya los dias de las
lineas de esta vida que ya no rompe ninguna frontera
lunedì 8 agosto 2016
domenica 7 agosto 2016
sabato 6 agosto 2016
livro vazio
livro que nao existe
sim nao existe
Cada dia leo um livro nao a verdade que leio so de noite E um livro liso vazio sem pe nem cabeca
nao tem virgula nem ponto nem todas estas coisas que gosto tanto de colocar ja sabem simbolos bem sei que Gacia Marques escreveu um livro sem pontuacao nao me lembro do nome mas tinha que ver com um dictador me aparece assim como se eu estivesse escrevendo e ao mesmo tempo lendo gosto o que disse porque nao diz nada mas de repente tenho que interromper assustada de nao poder mais encontrar ele causa tenho que ir a fonte tenho que ir a la pregrinacao das aguas volto devagar apesar de ter pressa mas nao posso nao devo correr posso cair entao como continuar este livro invisivel tao interessante tenho medo de perder a continuacao logico que nao acaba nunca porque de dia nao me lembro do que leio de noite mas tenho que conseguir escrever e ler espero que minha idade nao
abandone minha memoria nao acredito ja que tenho lembrancas ate de qdo tinha dois la longe onde nasci me lembro da casa do campo em busteni e do pequno pastor meu amigo olhando a um laguinho com a margem cheia de umas flores azuizinhas nao sei o nome delas deve ser algo como myiosotis o nome de meu amiguinho era radu nao acredito que estou escreveno sobre minha vida somente assim de vez quando a licenca poeticaprosa daqui a pouco continuo porque chegou a noite e vou rapido a cama poder continuar meu livro vazio quero dizer lhes que nao da e nao quero que este livro tao limpo seja autobiografico impossivel daria para muchas novelas daquelas que nao acabam mais MAS QDO AcabAM E SEMPRE UM final chato ou triste dificil ter um fim alegre nao daria ja nao seria um livro vazio mas sim um livro demasiado frenetico nao quero ate amanha vou ler tenho que esclarecer algo aos que lem o livro vazio o nome do livro de Garcia Marques e o Outono de um Patriarca me apareceu o nome na parede grande grande onde vejo o livro porque nao posso virar as paginas nao tenho maos so tenho olhos e mente
So posso ler e escrevo com a mente assim pude ouvir uma voz que disse acorda ai vem a luz e voce sabe que os vampiros nao podem ver a luz tambem tenho ouvidos desculpem tinha esquecido vampiros estao brincando so pqe naci na transilvania ah nao e que no meu sonho vejo um montao de murcielagos sujando meu livro detesto murcielagos sao ruins como os fanaticos do mundo inteiro assustam corruptos voce da uma gota de sangue a eles e querem mais e mais como os politicos que ja nao sao politicos mas estupidos ciegos igual que os murcielgos si nao me engano estes sao ciegos mas coitados assim nasceron estou inventando isto POQE ACHO QUE nao estava no meu livro sem importancia misturar realidade com nao realidade faz bem a imaginacao de vez em quado esqueco que nao e de noite agora tenho que dizer lhes algo que sonho escutei mas como voce faz para ler no escuro respondo irritada eu leo e vejo porque sei ver isto nao acvontece para pessoas como voce os que nao sabem ver entao menos podem ler estou fazendo mil coisas mas nao tenho paciencia quero que venha a noite meu livro me espera deito e tomo meu remedio para dormir os insomnios nao podem sonhar e isto e uma pena mesmo deste geito de vez em qdo como ja lhes disse tenho que sair mas de olhos fechados nao que perder minha linhas mas a bexiga nao deixa ainda bem que devido ao remedio posso retomar rapido a ler meu livro cada dia mais vazio que quem e este que se atreve a entrar no meu livro tenho medo que estrague a parede na qual leo e um editor que e nao entendo como e de que modo viu leu meu livro vazio e quer publicar engracado sera que em verdade estou
desperta e me digo isto sim e que e um sonho e pergunto ao editor mas como vao ler um livro vazio escrito na parede de meus sonhos o editor respondeu vai ser um sucesso espera e vas a ver qtos vou vender quantos vao ler ate duas ou tres vezes para mim que o homem esta louco nao nao estou acordada e a minha pergunta de como vao ler ele respondeu invencao imaginacao como fez o autor .
AGORA SIM UM PUNTO FINAL
sim nao existe
Cada dia leo um livro nao a verdade que leio so de noite E um livro liso vazio sem pe nem cabeca
nao tem virgula nem ponto nem todas estas coisas que gosto tanto de colocar ja sabem simbolos bem sei que Gacia Marques escreveu um livro sem pontuacao nao me lembro do nome mas tinha que ver com um dictador me aparece assim como se eu estivesse escrevendo e ao mesmo tempo lendo gosto o que disse porque nao diz nada mas de repente tenho que interromper assustada de nao poder mais encontrar ele causa tenho que ir a fonte tenho que ir a la pregrinacao das aguas volto devagar apesar de ter pressa mas nao posso nao devo correr posso cair entao como continuar este livro invisivel tao interessante tenho medo de perder a continuacao logico que nao acaba nunca porque de dia nao me lembro do que leio de noite mas tenho que conseguir escrever e ler espero que minha idade nao
abandone minha memoria nao acredito ja que tenho lembrancas ate de qdo tinha dois la longe onde nasci me lembro da casa do campo em busteni e do pequno pastor meu amigo olhando a um laguinho com a margem cheia de umas flores azuizinhas nao sei o nome delas deve ser algo como myiosotis o nome de meu amiguinho era radu nao acredito que estou escreveno sobre minha vida somente assim de vez quando a licenca poeticaprosa daqui a pouco continuo porque chegou a noite e vou rapido a cama poder continuar meu livro vazio quero dizer lhes que nao da e nao quero que este livro tao limpo seja autobiografico impossivel daria para muchas novelas daquelas que nao acabam mais MAS QDO AcabAM E SEMPRE UM final chato ou triste dificil ter um fim alegre nao daria ja nao seria um livro vazio mas sim um livro demasiado frenetico nao quero ate amanha vou ler tenho que esclarecer algo aos que lem o livro vazio o nome do livro de Garcia Marques e o Outono de um Patriarca me apareceu o nome na parede grande grande onde vejo o livro porque nao posso virar as paginas nao tenho maos so tenho olhos e mente
So posso ler e escrevo com a mente assim pude ouvir uma voz que disse acorda ai vem a luz e voce sabe que os vampiros nao podem ver a luz tambem tenho ouvidos desculpem tinha esquecido vampiros estao brincando so pqe naci na transilvania ah nao e que no meu sonho vejo um montao de murcielagos sujando meu livro detesto murcielagos sao ruins como os fanaticos do mundo inteiro assustam corruptos voce da uma gota de sangue a eles e querem mais e mais como os politicos que ja nao sao politicos mas estupidos ciegos igual que os murcielgos si nao me engano estes sao ciegos mas coitados assim nasceron estou inventando isto POQE ACHO QUE nao estava no meu livro sem importancia misturar realidade com nao realidade faz bem a imaginacao de vez em quado esqueco que nao e de noite agora tenho que dizer lhes algo que sonho escutei mas como voce faz para ler no escuro respondo irritada eu leo e vejo porque sei ver isto nao acvontece para pessoas como voce os que nao sabem ver entao menos podem ler estou fazendo mil coisas mas nao tenho paciencia quero que venha a noite meu livro me espera deito e tomo meu remedio para dormir os insomnios nao podem sonhar e isto e uma pena mesmo deste geito de vez em qdo como ja lhes disse tenho que sair mas de olhos fechados nao que perder minha linhas mas a bexiga nao deixa ainda bem que devido ao remedio posso retomar rapido a ler meu livro cada dia mais vazio que quem e este que se atreve a entrar no meu livro tenho medo que estrague a parede na qual leo e um editor que e nao entendo como e de que modo viu leu meu livro vazio e quer publicar engracado sera que em verdade estou
desperta e me digo isto sim e que e um sonho e pergunto ao editor mas como vao ler um livro vazio escrito na parede de meus sonhos o editor respondeu vai ser um sucesso espera e vas a ver qtos vou vender quantos vao ler ate duas ou tres vezes para mim que o homem esta louco nao nao estou acordada e a minha pergunta de como vao ler ele respondeu invencao imaginacao como fez o autor .
AGORA SIM UM PUNTO FINAL
venerdì 5 agosto 2016
escrito de Jorge Pinheiro para o livrinho IMAGINI
IMAGINI – LANÇAMENTO
Quem sabe ver vê para lá do olhar. Olha para além da vista. Quem sabe ver eterniza pessoas. Fixa lugares. Desvenda
sentidos. Antes era nada. Agora são cores e formas. Curvas e rectas. Êxtase e esplendor. As imagens podem
impressionar. Alegrar. Seduzir. Podem matar e ser mortas. As imagens são tudo o que se quiser. Porque elas não
existem. Somos nós que as criamos.
Myra Landau e João Menéres são dois construtores de imagens. Caçadores de luz. Mágicos da forma. A sua vida é uma demanda. Viajam pelo interior de si próprios. Avançam por terrenos inexplorados. Manipulam formas. Buscam a beleza
na perfeição fugaz da imagem.Durante a sua já longa carreira ambos procuram “a Imagem”. Essa Imagem que permanentemente foge e se esconde. Que raras vezes se deixa apanhar. A Imagem que todos os dias precisamos inventar e que todos os dias nos surpreende de novo.
João Menéres nasceu no Porto em 1934 e aqui continua a residir. Myra Landau nasceu na Roménia em 1926. João começou a fotografar em 1972. Myra começou a pintar em 1952. Ambos continuam activos e se as suas técnicas mudaram, a sua excelência não. Eles descobrem agora imagens que lhes fugiram toda a vida. Criam novas sensações. Não desistem de nos impressionar. Mantêm o mesmo entusiasmo. O mesmo afã. Continuam os velhos meninos de outrora que se alucinam na
descoberta do mundo e que continuam a querer imaginar imagens.João e Myra encontraram-se na blogoesfera, em Abril de 2009. Não se conhecem pessoalmente. Os encontros na internet são estranhos. Vamos de link em link, um comentário aqui, outro ali. Respondemos a uns, a outros não… sabe-se lá porquê. Geram-se empatias. Simpatias. Dependências. Descobrimos que por trás da virtualidade há pessoas, pessoas com passado, com mérito, com talento. Descobrimos que muitos de nós somos artistas. Descobrimos que a net é uma forma de nos confortarmos e de nos incentivarmos. Um desafio permanente à nossa criatividade. Um estímulo à nossa sobrevivência. Uma reinvenção de nós próprios.
Foi também na blogoesfera que eu conheci o João Menéres e a Myra Landau. Depois disso já estive várias vezes com o João, mas continuo sem conhecer pessoalmente a Myra, embora, curiosamente, já tenha feito uma pequena biografiadela.
O João é, com todo o mérito, sobejamente conhecido desta audiência, quer como fotógrafo, quer como homem. Sobre ele direi apenas que é um grande amigo que encontrei sem querer, um amigo que me tem dado lições de fotografia e de vida.
Sobre a Myra Landau farei um breve resumo curricular, para que se tenha a noção da dimensão da personagem.
Nascida a 5 de Dezembro de 1926, em Budapeste, passou por Portugal em fuga desordenada aos nazis e rumou ao Brasil, estabelecendo-se com a família no Rio de Janeiro. Corria o ano de 1941. A sua carreira ir-se-ia desenvolver entre o Brasil e o México. Começou por aprender cerâmica com Robert Tatin, em São Paulo, mas rapidamente começa a pintar.
Conhece muita gente que era ou viria a ser importante na cena artística brasileira dos anos 50. Começam então, timidamente, as primeiras exposições.
Em 1959 a vida de Myra iria mudar radicalmente. Já divorciada de um primeiro casamento e com uma filha, conhece
Miguel Salas . Segue-o para o México, onde rapidamente entra no mundo intelectual e artístico mexicano. Começa a fazer gravura. Entra quase inconscientemente na arte abstracta e leva a técnica da água-forte até à saturação. O metal era a sua matéria-prima. Utilizou ácidos puros. E foi assim, quase sem querer,
que chegou à “prancha talhada”. A placa de gravação como “objecto de arte” em si mesma.
Em Fevereiro de 1963 tem a sua primeira exposição individual, na Galeria Juan Martin, a mais importante da Cidade do México. A partir daí a sua carreira está lançada. Myra entra inevitavelmente no mundo da arte de vanguarda e passa a ser um nome incontornável no novo movimento artístico sul-americano.
Em 1965 as placas de metal dão origem a uma incursão pela pintura. Uma incursão que ela queria manter reservada para si. Um incidente infeliz, porém, faz com que um dos seus quadros apareça mutilado, cortado ao meio, por um dos filhos de Miguel (o homem com quem vivia). Foi o destino. Em vez de desanimar, restaurou-lhe forças. Myra começa a pintar de forma imperativa. Obsessiva. O quadro cortado passou a chamar-se “Ritmo Partido I” e a partir daí todos os seus quadros se passaram a chamar Ritmos. Aquele foi um momento de ruptura. A sua arte mudou. Desde então,
Myra vai estilizando as suas pinturas, depurando a sua arte e passa a pintar definitivamente em pastel sobre linho.
Em 1968, Myra é já uma artista consagrada. Empenha-se politicamente. Toma partido contra as ditaduras que então assolavam a América do Sul e, particularmente, no México. Integra a Associação de Artistas Livres que viria a ser conhecido como “Salão dos Independentes” de que Myra foi um dos fundadores. Os quadros de Myra transformam-se em leituras esquemáticas. Depurados a um extremo que só os mestres conseguem. São ritmos que viajam em linhas. Linhas que unem e se separam, que convergem e divergem. São o que ela chama de “linhas-viagem”. Linhas rectas imaginárias que a levam ao infinito.
Em 1969, Myra compõe “Ritmo-Homenagem a Salvador Allende”, um quadro de 4x2 metros, que enviou para o Museu da Solidariedade com o Chile. A exposição foi inaugurada em 1972 pelo próprio Allende que Myra tinha conhecido anos
antes. Volta ao Brasil. Regressa de novo ao México. Acaba por se fixar em Xalapa, onde viverá os próximos 20 anos.
Sempre a pintar, sempre a expor. Em 1974 entra para a Universidade Veracruzana para dar aulas. Rapidamente entra em divergência com “sistema” e acabará a integrar o Instituto de Investigação Estética e de Criação Artística, de certa forma criado para ela ou\por causa dela.
1975 foi um ano marcante.
Expõe individualmente no Museu de Arte Moderna da Cidade do México e edita o livro “Si Sabes Ver”, uma edição de autor que só em 84 viria a ser assumido pela universidade, numa 2ª edição. É um livro contra-sistema, contra-corrente, anti-método. Os alunos deixaram de frequentar a universidade e passaram a ir a casa de Myra.
Entre 77 e 79 Myra volta ao Brasil, na sequência da doença do pai, que o levaria à morte. Expõe na Galeria de Arte Global, em São Paulo. Uma exposição individual que a lança mediaticamente no Brasil. Nas ruas pedem-lhe autógrafos. Conhece toda a elite modernista do Brasil.
Regressa a Xalapa em 1979. Trabalha compulsivamente. As exposições sucedem-se. A pintura aparece agora ainda mais depurada. Cada vez mais estilizada. Cada vez mais abstracta. Começa a fazer objectos, colagens, reciclagens. Entre 1980 e 2001, Myra faz cerca de 90 exposições, dentro e fora do México.
Em 1987, o Museu de Arte Moderna do México faz uma retrospectiva da obra de Myra. Foi o culminar de uma carreira que, não tendo terminado, recebe o reconhecimento geral. Foi também em 87 que a família se muda para a Europa. Em
1990 morre Pablo, o seu último grande amor e amigo de longa data. A saúde de Myra também não é a melhor.
Em 94 renuncia à Universidade e abandona o México.
Passa a residir em Itália. Continua a pintar. Desenvolve uma nova técnica, feita de sobreposições e colagens. As formas deixam de caber nas molduras
. Os desenhos saem das margens. São linhas que se continuam a cruzar, mas agora para fora do quadro. Myra ultrapassa o quadrado. Transcende o rectângulo. O espaço ganha um novo volume e a pintura ganha uma nova dimensão.
Em 1998, a filha de Myra parte para a China. Foi nessa altura que lhe deram um computador. Myra tinha então 72 anos. Começou a explorar a máquina e descobriu o Photoshop. Hoje Myra está em contacto com o mundo. Pinta iariamente no seu computador. Criar é o seu destino. E mesmo que a morte a leve, Myra já criou uma eternidade.
Em 2011, Myra deixou Itália e partiu para Jerusalém, onde tinha dois netos. Uma espécie de regresso às origens étnicas. Uma terra que ela não conhecia. Uma terra estranha e, simultaneamente, familiar. Myra continua a não ter pátria, a detestar vento… e continua a pintar.
Foi em Março de 2014 que o desafio foi lançado. IMAGINI é um encontro de imagens. Um diálogo de sentidos. A uma fotografia responde uma pintura. A uma pintura responde uma fotografia. E as páginas falam connosco como se escrevessem poemas abstractos. É um livro impressivo e diferente. Não se lê, respira-se. Absorve-se na pele e entranha-se na sensação.
IMAGINI é um livro virtual feito de amizades concretas, mas também pode ser um livro concreto feito de amizades virtuais. Acima de tudo, é um livro feito de cumplicidades de quem se entende sem precisar de se conhecer, porque, na verdade, nos conhecemos melhor do que muitos amigos da chamada “vida real”.
Para o João e para a Myra vai o meu agradecimento por me terem convidado a participar nesta aventura. O meu trabalho é quase inócuo se pensarmos na grandeza das imagens. São pequenos haikis, que também poderiam ser quadras de um vaso de majericos nas festas dos Santos Populares. Para o João vai o meu reconhecimento pela ideia e pela persistência em levar para a frente este projecto e, por que não dizê-lo, pelo mecenato que é da sua exclusiva responsabilidade. Tenho a certeza de que vão gostar.
Muito obrigado.
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Quem sabe ver vê para lá do olhar. Olha para além da vista. Quem sabe ver eterniza pessoas. Fixa lugares. Desvenda
sentidos. Antes era nada. Agora são cores e formas. Curvas e rectas. Êxtase e esplendor. As imagens podem
impressionar. Alegrar. Seduzir. Podem matar e ser mortas. As imagens são tudo o que se quiser. Porque elas não
existem. Somos nós que as criamos.
Myra Landau e João Menéres são dois construtores de imagens. Caçadores de luz. Mágicos da forma. A sua vida é uma demanda. Viajam pelo interior de si próprios. Avançam por terrenos inexplorados. Manipulam formas. Buscam a beleza
na perfeição fugaz da imagem.Durante a sua já longa carreira ambos procuram “a Imagem”. Essa Imagem que permanentemente foge e se esconde. Que raras vezes se deixa apanhar. A Imagem que todos os dias precisamos inventar e que todos os dias nos surpreende de novo.
João Menéres nasceu no Porto em 1934 e aqui continua a residir. Myra Landau nasceu na Roménia em 1926. João começou a fotografar em 1972. Myra começou a pintar em 1952. Ambos continuam activos e se as suas técnicas mudaram, a sua excelência não. Eles descobrem agora imagens que lhes fugiram toda a vida. Criam novas sensações. Não desistem de nos impressionar. Mantêm o mesmo entusiasmo. O mesmo afã. Continuam os velhos meninos de outrora que se alucinam na
descoberta do mundo e que continuam a querer imaginar imagens.João e Myra encontraram-se na blogoesfera, em Abril de 2009. Não se conhecem pessoalmente. Os encontros na internet são estranhos. Vamos de link em link, um comentário aqui, outro ali. Respondemos a uns, a outros não… sabe-se lá porquê. Geram-se empatias. Simpatias. Dependências. Descobrimos que por trás da virtualidade há pessoas, pessoas com passado, com mérito, com talento. Descobrimos que muitos de nós somos artistas. Descobrimos que a net é uma forma de nos confortarmos e de nos incentivarmos. Um desafio permanente à nossa criatividade. Um estímulo à nossa sobrevivência. Uma reinvenção de nós próprios.
Foi também na blogoesfera que eu conheci o João Menéres e a Myra Landau. Depois disso já estive várias vezes com o João, mas continuo sem conhecer pessoalmente a Myra, embora, curiosamente, já tenha feito uma pequena biografiadela.
O João é, com todo o mérito, sobejamente conhecido desta audiência, quer como fotógrafo, quer como homem. Sobre ele direi apenas que é um grande amigo que encontrei sem querer, um amigo que me tem dado lições de fotografia e de vida.
Sobre a Myra Landau farei um breve resumo curricular, para que se tenha a noção da dimensão da personagem.
Nascida a 5 de Dezembro de 1926, em Budapeste, passou por Portugal em fuga desordenada aos nazis e rumou ao Brasil, estabelecendo-se com a família no Rio de Janeiro. Corria o ano de 1941. A sua carreira ir-se-ia desenvolver entre o Brasil e o México. Começou por aprender cerâmica com Robert Tatin, em São Paulo, mas rapidamente começa a pintar.
Conhece muita gente que era ou viria a ser importante na cena artística brasileira dos anos 50. Começam então, timidamente, as primeiras exposições.
Em 1959 a vida de Myra iria mudar radicalmente. Já divorciada de um primeiro casamento e com uma filha, conhece
Miguel Salas . Segue-o para o México, onde rapidamente entra no mundo intelectual e artístico mexicano. Começa a fazer gravura. Entra quase inconscientemente na arte abstracta e leva a técnica da água-forte até à saturação. O metal era a sua matéria-prima. Utilizou ácidos puros. E foi assim, quase sem querer,
que chegou à “prancha talhada”. A placa de gravação como “objecto de arte” em si mesma.
Em Fevereiro de 1963 tem a sua primeira exposição individual, na Galeria Juan Martin, a mais importante da Cidade do México. A partir daí a sua carreira está lançada. Myra entra inevitavelmente no mundo da arte de vanguarda e passa a ser um nome incontornável no novo movimento artístico sul-americano.
Em 1965 as placas de metal dão origem a uma incursão pela pintura. Uma incursão que ela queria manter reservada para si. Um incidente infeliz, porém, faz com que um dos seus quadros apareça mutilado, cortado ao meio, por um dos filhos de Miguel (o homem com quem vivia). Foi o destino. Em vez de desanimar, restaurou-lhe forças. Myra começa a pintar de forma imperativa. Obsessiva. O quadro cortado passou a chamar-se “Ritmo Partido I” e a partir daí todos os seus quadros se passaram a chamar Ritmos. Aquele foi um momento de ruptura. A sua arte mudou. Desde então,
Myra vai estilizando as suas pinturas, depurando a sua arte e passa a pintar definitivamente em pastel sobre linho.
Em 1968, Myra é já uma artista consagrada. Empenha-se politicamente. Toma partido contra as ditaduras que então assolavam a América do Sul e, particularmente, no México. Integra a Associação de Artistas Livres que viria a ser conhecido como “Salão dos Independentes” de que Myra foi um dos fundadores. Os quadros de Myra transformam-se em leituras esquemáticas. Depurados a um extremo que só os mestres conseguem. São ritmos que viajam em linhas. Linhas que unem e se separam, que convergem e divergem. São o que ela chama de “linhas-viagem”. Linhas rectas imaginárias que a levam ao infinito.
Em 1969, Myra compõe “Ritmo-Homenagem a Salvador Allende”, um quadro de 4x2 metros, que enviou para o Museu da Solidariedade com o Chile. A exposição foi inaugurada em 1972 pelo próprio Allende que Myra tinha conhecido anos
antes. Volta ao Brasil. Regressa de novo ao México. Acaba por se fixar em Xalapa, onde viverá os próximos 20 anos.
Sempre a pintar, sempre a expor. Em 1974 entra para a Universidade Veracruzana para dar aulas. Rapidamente entra em divergência com “sistema” e acabará a integrar o Instituto de Investigação Estética e de Criação Artística, de certa forma criado para ela ou\por causa dela.
1975 foi um ano marcante.
Expõe individualmente no Museu de Arte Moderna da Cidade do México e edita o livro “Si Sabes Ver”, uma edição de autor que só em 84 viria a ser assumido pela universidade, numa 2ª edição. É um livro contra-sistema, contra-corrente, anti-método. Os alunos deixaram de frequentar a universidade e passaram a ir a casa de Myra.
Entre 77 e 79 Myra volta ao Brasil, na sequência da doença do pai, que o levaria à morte. Expõe na Galeria de Arte Global, em São Paulo. Uma exposição individual que a lança mediaticamente no Brasil. Nas ruas pedem-lhe autógrafos. Conhece toda a elite modernista do Brasil.
Regressa a Xalapa em 1979. Trabalha compulsivamente. As exposições sucedem-se. A pintura aparece agora ainda mais depurada. Cada vez mais estilizada. Cada vez mais abstracta. Começa a fazer objectos, colagens, reciclagens. Entre 1980 e 2001, Myra faz cerca de 90 exposições, dentro e fora do México.
Em 1987, o Museu de Arte Moderna do México faz uma retrospectiva da obra de Myra. Foi o culminar de uma carreira que, não tendo terminado, recebe o reconhecimento geral. Foi também em 87 que a família se muda para a Europa. Em
1990 morre Pablo, o seu último grande amor e amigo de longa data. A saúde de Myra também não é a melhor.
Em 94 renuncia à Universidade e abandona o México.
Passa a residir em Itália. Continua a pintar. Desenvolve uma nova técnica, feita de sobreposições e colagens. As formas deixam de caber nas molduras
. Os desenhos saem das margens. São linhas que se continuam a cruzar, mas agora para fora do quadro. Myra ultrapassa o quadrado. Transcende o rectângulo. O espaço ganha um novo volume e a pintura ganha uma nova dimensão.
Em 1998, a filha de Myra parte para a China. Foi nessa altura que lhe deram um computador. Myra tinha então 72 anos. Começou a explorar a máquina e descobriu o Photoshop. Hoje Myra está em contacto com o mundo. Pinta iariamente no seu computador. Criar é o seu destino. E mesmo que a morte a leve, Myra já criou uma eternidade.
Em 2011, Myra deixou Itália e partiu para Jerusalém, onde tinha dois netos. Uma espécie de regresso às origens étnicas. Uma terra que ela não conhecia. Uma terra estranha e, simultaneamente, familiar. Myra continua a não ter pátria, a detestar vento… e continua a pintar.
Foi em Março de 2014 que o desafio foi lançado. IMAGINI é um encontro de imagens. Um diálogo de sentidos. A uma fotografia responde uma pintura. A uma pintura responde uma fotografia. E as páginas falam connosco como se escrevessem poemas abstractos. É um livro impressivo e diferente. Não se lê, respira-se. Absorve-se na pele e entranha-se na sensação.
IMAGINI é um livro virtual feito de amizades concretas, mas também pode ser um livro concreto feito de amizades virtuais. Acima de tudo, é um livro feito de cumplicidades de quem se entende sem precisar de se conhecer, porque, na verdade, nos conhecemos melhor do que muitos amigos da chamada “vida real”.
Para o João e para a Myra vai o meu agradecimento por me terem convidado a participar nesta aventura. O meu trabalho é quase inócuo se pensarmos na grandeza das imagens. São pequenos haikis, que também poderiam ser quadras de um vaso de majericos nas festas dos Santos Populares. Para o João vai o meu reconhecimento pela ideia e pela persistência em levar para a frente este projecto e, por que não dizê-lo, pelo mecenato que é da sua exclusiva responsabilidade. Tenho a certeza de que vão gostar.
Muito obrigado.
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giovedì 4 agosto 2016
importante escrito faz tempo mas valido sempre...
Tudo començou um dia de 1965. Un ato de extrema violencia.
Acordei, fui à sala e vi pendurados os meus ultimos quadros, minha primeira tentativa de pintura abstrata,
trabalho de uns seis meses, cortados. Os pedaços cortados, colocados dentro dos cortes…isto jà não era ironia
mas um intenso sarcasmo…uma violencia contra mim.
Que maneira tremenda de expressar uma critica!!! ( este , è meu comentario de agora …) – enfim, continuemos.
Agora que o tempo passou, posso dizer que perfeitamente cortados. Teriam feito inveja ao proprio Fontana! com a
diferença que ele criou, construiu, enquanto que os meus estavam totalmente destruidos. Uma agressão que so
entendi mais tarde…agora não vem ao caso de falar de quem o fez…jà morreu…e nem tinha realmente culpa, eram
ciumes de um adolescente…
Tempo depois em vez de sentir raiva dele, tive que agradecer-lhe.
Durante mutito tempo não pude mais pintar. Não via claro. Não via nada.
Mas como è sabido que a destruição , em certos casos traz beneficios, que da destruição pode surgir algo novo, algo
limpo, algo melhor, inevitavelmente, surgiu. Os meus primeiros trabalhos nasceram totalmente diferentes. E o
primeiro quadro foi um quadro tão rico, tão intenso, profundo e sem fim, que até hoje sigo pintando este mesmo
quadro. Tratarei de explicar: este quadro foi algo misterioso, foi un quadro que muitos pintores chamamos de
“quadro chave”. Abriu um outro mundo. Outras possibilidades.Outra visão. Um quadro feito com as entranhas: Um
quadro realizado quasi num estado de transe. Un quadro intuitivo: previu a morte de Miguel, pessoa admiravel com
quem vivia naquele tempo- Pai daquele adolescente mais que zangado.
Ao ver o quadro, me perguntou com admiração e surpresa como se chamava. Respondi quasi sem pensar. “ Ritmo
Partido “- Pouco tempo depois morreu…
E desde então, 1965 meus quadros seguem un ritmo, o mesmo, variação sobre o mesmo tema. Mil maneiras. Todos tem
origem naquele “Ritmo Partido “. Ou “ “ Ritmo Rojo” como se chamou tempos depois. Agora à distancia de anos, sei
que foi o momento da descoberta de minha caligrafia, de minha linguagem pessoal.
Depois da morte, da destruição, um nascimento: “ Ritmo Partido “, seguiram os tantos outros Ritmos 1, 2, 3, etc.
Assim se chamam meus quadros desde então: “ Ritmo qualquer coisa”…
Porque Ritmo?
Porque Ritmo è tudo. Està em tudo.Vida, destino das pessoas seguem um ritmo. A poesia, a mùsica, a dansa,, tudo tem
Ritmo A matematica, a geometria nem falar!
Ritmo è equilibrio. Ritmo è beleza. Ritmo è quasi rito, também. E misterio, apesar de sua simplicidade ou
obviedade aparente. Porque meus quadros são este conjunto de lineas? Talvez busco um equilibrio, uma harmonia que
jà não encontro no mundo que me envolve. Una total desorganição, uma violencia irracional, agressão desde que
nascemos. Um desequilibrio no ar, nas palavras, na atmosfera, nos sentimentos. Uma confusão ilimitada. Uma
humanidade à margen da desintegração, uma percepção aleijada.
Então inconscientemente, fui “ conscientizando” estes sentimentos, estas sensações. Fui vendo pouco a pouco dentro
de mim, procurando por ritmo – harmonia - equilibrio – no meu mundo. Não posso, infelizmente “ritmar” o mundo
nem as pessoas que me rodeam.
A minha maneira de trabalhar è direta. Não preparo o linho. Trabalho sobre ele, cru, limpo, em total nudez. Meu
trabalho não tem subterfugios, não è pensado, mas, sim, sentido. As linhas receben uma ordem – nunca
préestabelecida – uma ordem que me vem não sei de onde, talvez da sensação dos meus olhos, ao ver a tela nua que me
espera, talvez do contacto da cor con a pele, ou de alguma sombra que a luz projetou sobre a tela. As linhas
convergem ou divergem e provocando quadrinhos., (estes serão os obstásculos que encontramos no sosso caminho ?),
linhas baseadas sempre no Ritmo Partido, procurando desde então unir os ritmos ou partir-los mais ainda.. Não
sei. E magia pura. Sentimento. Sensação visceral. Intuição. Geometria livre . Equilibrio, ritmo enfim.
Acordei, fui à sala e vi pendurados os meus ultimos quadros, minha primeira tentativa de pintura abstrata,
trabalho de uns seis meses, cortados. Os pedaços cortados, colocados dentro dos cortes…isto jà não era ironia
mas um intenso sarcasmo…uma violencia contra mim.
Que maneira tremenda de expressar uma critica!!! ( este , è meu comentario de agora …) – enfim, continuemos.
Agora que o tempo passou, posso dizer que perfeitamente cortados. Teriam feito inveja ao proprio Fontana! com a
diferença que ele criou, construiu, enquanto que os meus estavam totalmente destruidos. Uma agressão que so
entendi mais tarde…agora não vem ao caso de falar de quem o fez…jà morreu…e nem tinha realmente culpa, eram
ciumes de um adolescente…
Tempo depois em vez de sentir raiva dele, tive que agradecer-lhe.
Durante mutito tempo não pude mais pintar. Não via claro. Não via nada.
Mas como è sabido que a destruição , em certos casos traz beneficios, que da destruição pode surgir algo novo, algo
limpo, algo melhor, inevitavelmente, surgiu. Os meus primeiros trabalhos nasceram totalmente diferentes. E o
primeiro quadro foi um quadro tão rico, tão intenso, profundo e sem fim, que até hoje sigo pintando este mesmo
quadro. Tratarei de explicar: este quadro foi algo misterioso, foi un quadro que muitos pintores chamamos de
“quadro chave”. Abriu um outro mundo. Outras possibilidades.Outra visão. Um quadro feito com as entranhas: Um
quadro realizado quasi num estado de transe. Un quadro intuitivo: previu a morte de Miguel, pessoa admiravel com
quem vivia naquele tempo- Pai daquele adolescente mais que zangado.
Ao ver o quadro, me perguntou com admiração e surpresa como se chamava. Respondi quasi sem pensar. “ Ritmo
Partido “- Pouco tempo depois morreu…
E desde então, 1965 meus quadros seguem un ritmo, o mesmo, variação sobre o mesmo tema. Mil maneiras. Todos tem
origem naquele “Ritmo Partido “. Ou “ “ Ritmo Rojo” como se chamou tempos depois. Agora à distancia de anos, sei
que foi o momento da descoberta de minha caligrafia, de minha linguagem pessoal.
Depois da morte, da destruição, um nascimento: “ Ritmo Partido “, seguiram os tantos outros Ritmos 1, 2, 3, etc.
Assim se chamam meus quadros desde então: “ Ritmo qualquer coisa”…
Porque Ritmo?
Porque Ritmo è tudo. Està em tudo.Vida, destino das pessoas seguem um ritmo. A poesia, a mùsica, a dansa,, tudo tem
Ritmo A matematica, a geometria nem falar!
Ritmo è equilibrio. Ritmo è beleza. Ritmo è quasi rito, também. E misterio, apesar de sua simplicidade ou
obviedade aparente. Porque meus quadros são este conjunto de lineas? Talvez busco um equilibrio, uma harmonia que
jà não encontro no mundo que me envolve. Una total desorganição, uma violencia irracional, agressão desde que
nascemos. Um desequilibrio no ar, nas palavras, na atmosfera, nos sentimentos. Uma confusão ilimitada. Uma
humanidade à margen da desintegração, uma percepção aleijada.
Então inconscientemente, fui “ conscientizando” estes sentimentos, estas sensações. Fui vendo pouco a pouco dentro
de mim, procurando por ritmo – harmonia - equilibrio – no meu mundo. Não posso, infelizmente “ritmar” o mundo
nem as pessoas que me rodeam.
A minha maneira de trabalhar è direta. Não preparo o linho. Trabalho sobre ele, cru, limpo, em total nudez. Meu
trabalho não tem subterfugios, não è pensado, mas, sim, sentido. As linhas receben uma ordem – nunca
préestabelecida – uma ordem que me vem não sei de onde, talvez da sensação dos meus olhos, ao ver a tela nua que me
espera, talvez do contacto da cor con a pele, ou de alguma sombra que a luz projetou sobre a tela. As linhas
convergem ou divergem e provocando quadrinhos., (estes serão os obstásculos que encontramos no sosso caminho ?),
linhas baseadas sempre no Ritmo Partido, procurando desde então unir os ritmos ou partir-los mais ainda.. Não
sei. E magia pura. Sentimento. Sensação visceral. Intuição. Geometria livre . Equilibrio, ritmo enfim.
mercoledì 3 agosto 2016
martedì 2 agosto 2016
lunedì 1 agosto 2016
POEMAS E ALGO MAIS
desmaiar
no vazio
cair
sem se
ferir
um milhar
de luzes
a brilhar
acordar
e olhar
*
os sonhos
minha vida
ando amo trabalho luto
falo vejo escuto discuto
viajo nado rio brigo
dentro deles
vivo
de dia
durmo
espero à noite
*
de noite
todos os ruídos
parecem
olhos enormes
e ouvidos
esquisitos
gosto
do dia
o silêncio
é ensurdecedor
uma dor
detesto
*
peculiar herança
que o tempo traz
ao perene viajante
inexplicável desejo
de voltar a um certo
lugar
visto de longe...
misteriosos
detalhes
de uma
estranha memória
*
melhor
o fumo
de um cigarro
que a fama
que se esvai
como fumo
— fumaça —
[ Poemas de Myra Landau, publicados na Germina — Revista de Literatura & Arte:
http://www.germinaliteratura.com.br/2012/myra_landau.htm ]
no vazio
cair
sem se
ferir
um milhar
de luzes
a brilhar
acordar
e olhar
*
os sonhos
minha vida
ando amo trabalho luto
falo vejo escuto discuto
viajo nado rio brigo
dentro deles
vivo
de dia
durmo
espero à noite
*
de noite
todos os ruídos
parecem
olhos enormes
e ouvidos
esquisitos
gosto
do dia
o silêncio
é ensurdecedor
uma dor
detesto
*
peculiar herança
que o tempo traz
ao perene viajante
inexplicável desejo
de voltar a um certo
lugar
visto de longe...
misteriosos
detalhes
de uma
estranha memória
*
melhor
o fumo
de um cigarro
que a fama
que se esvai
como fumo
— fumaça —
[ Poemas de Myra Landau, publicados na Germina — Revista de Literatura & Arte:
http://www.germinaliteratura.com.br/2012/myra_landau.htm ]
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