martedì 16 maggio 2017

Irmao fala de mim - primeira parte...



--
 Eu nasci primeiro, minha irmã, quase dois anos mais tarde, ganhou o nome de
Emília que ela detestava, adotou o Myra. O irmão mais velho sempre é uma
peste, a irmã é inexistente e nada vale, crescemos juntos, quase estranhos, sei
que eu me encantava com os livros dela, a coleção Comtesse de Ségur, todos
éramos grandes leitores. Um ano depois de eu estar na Inglaterra, ela também
foi enviada para lá, para um internato, tenho certeza, tão nobre e aristocrático
quanto o meu. Visitei-a poucas vezes, um perfeito egoísta e safado. No préguerra,
como já contei, ela voltou com os pais a Bucareste, passou com eles
pela fuga por Lisboa, até o Rio de Janeiro. Freqüentou o Colégio Bennet,
trazia as colegas em casa, eu as tratava com desprezo, muito meninas para o
meu gosto. Eu pouco externava meu amor fraternal. Conheceu meus amigos
do remo, ficou noiva do Elio, não deu certo, namorou um outro, safado de
alma, nunca me meti e nem tomava conhecimento. Acabou casando-se ...
 , teve uma filha, ,, mudou-se para São Paulo, não era feliz, encontrou as artes,
aprendeu o ofício da cerâmica, pintura, acabou por divorciar-se, voltou para o
Rio, ao seio da família. Convém mencionar que: primeiro, o meu pai a
sufocava com o seu amor, ela e minha mãe eram cão e gato, e naquele tempo,
mulher descasada era pária, a família vigiava como se donzela continuasse.
Uma relação com homem solteiro era pecado mais do que mortal, grande
heresia, ela apaixonou-se por um cidadão italiano, quase vira personagem de
uma segunda tragédia shakesperiana. Continuava com a pintura, reconheci
nela muito talento, desconfio, não tenho certeza, que se casou com um erudito
mexicano para uma nova liberdade, viúvo com quatro filhos, não o conheci
pessoalmente. Mudou-se para o México, fez muito bem, a família era um
estorvo, meu pai inconsolável, o marido mexicano, diretor de Museu de Arte e
muito prestigiado, incentivou seu trabalho com a pintura, teve um filho com
ele, que, infelizmente não sobreviveu, e, tempos mais tarde, ficou viúva.
O que escrevi até agora parece mais um relatório do que a descrição de uma
relação de amor e amizade. A convivência foi pouca, o amor existia, mas
escondido. Já devem ter percebido que eu não sou, ou melhor, não era, um
cara muito efusivo em demonstrações de sentimento, mas quando foi preciso,
sempre estive ao lado dela. Poucas vezes ela vinha ao Rio e não permanecia
por longo tempo, mas se correspondia muito com meu pai. Eu nunca escrevia,
só tinha notícias dela pela voz do velho e ela enviava, a mim e aos meus
filhos, suas pinturas. Tem um relacionamento muito afetivo com o meu filho
mais velho, eu recebia edições de revistas, panfletos e fotos das suas
exposições.

continuo amanha...

6 commenti:

João Menéres ha detto...

Muito obrigado, querida Myra, por essa tua biografia escrita pelo teu adorado IOSIF, SER SUPERIOR, como tu.

Um enorme beijo.
Até amanhã, portanto !

myra ha detto...

joao querido, voce e super amigo...mas exagerado, nao sou nada Superior...sim ate amanha..beijossssssssssss

chica ha detto...

Tão bom ler tua vida contada pelo teu mano querido! bjs, chica

João Menéres ha detto...

Claro que és !
eu disse !

Li Ferreira Nhan ha detto...

Saber de você pela escrita do teu fantástico irmão; adorei! Aguardo a continuação.
Beijos

myra ha detto...

bom dia querida Li, aqui vai a continuacaio..junto com minha emocaco ao reler\como pensa de mim...nao sabia , ele nunca me disse tudo isto que aqui escreveu....que me amava assim..tanto...era mto timido...somente mto tempo depois, ja estando separados mto temp, e conversando por e-mail... ele se abriu mto...eramos realmente almas gemeas e nao pode imaginar QTA FALTA ME FAZ.......agora mais que nunca...sem ele me sinto ainda mais sozinha... mtos beijos