giovedì 18 maggio 2017

madame mon amour - poema 2003 sempre de meu irmao!!!

 



mon amour
ela aparece ao entardecer,
quando o vento norte corre no ar
tão quente que derrete as conchas no mar,
me ama com a fúria de arco-íris tropical,
meus nervos retesados como cordas de violino
tocam a Sinfonia Macabra e o quarto se esvai
em silêncio selvagem mergulhado em
vermelho sangue e preto Somália,
ela me esfola, me deixa em carne viva,
crava as iniciais nas minhas costas ardidas,
me seduz como gata no cio,
me retalha com um sabre naginata kachigumi,
relincha como égua soberana dos cavalos
e eu, príncipe das mulas pardas,
insemino nela gotas de caviar,
por ela me injeto toda a heroína da Conchinchina,
assisto extasiado sua dança de fada endiabrada
pelas praias da Ilha Grande,
às vezes ela parece tão estranha,
mas é a única garota que conheço
que cavalga em pêlo e sem esporas
e recita o poema Hiroshima Meu Amor


2 commenti:

chica ha detto...

Mais um lindo poema,Myra! beijos e ótimo dia! chica

myra ha detto...

sim minha querida Chica!!!!! nao sei ate quando ainda vou poder encontrar todos os demais poemas!!!
um grande beijo, deste clima frio....