lunedì 1 maggio 2017

Quero hoje copiar algo que Jorge Pinheiro disse de mim...preciso  lembrar  um pouco de que fazia...e ja nao faco: pintar!!! 


Em 1968, Myra é já uma artista consagrada. Empenha-se politicamente. Toma partido contra as ditaduras que então assolavam a América do Sul e, particularmente, no México. Integra a Associação de Artistas Livres que viria a ser conhecido como “Salão dos Independentes” de que Myra foi um dos fundadores. Os quadros de Myra transformam-se em leituras esquemáticas. Depurados a um extremo que só os mestres conseguem. São ritmos que viajam em linhas. Linhas que unem e se separam, que convergem e divergem. São o que ela chama de “linhas-viagem”. Linhas rectas imaginárias que a levam ao infinito.

Em 1969, Myra compõe “Ritmo-Homenagem a Salvador Allende”, um quadro de 4x2 metros, que enviou para o Museu da Solidariedade com o Chile. A exposição foi inaugurada em 1972 pelo próprio Allende que Myra tinha conhecido anos antes. Volta ao Brasil. Regressa de novo ao México. Acaba por se fixar em Xalapa, onde viverá os próximos 20 anos. Sempre a pintar, sempre a expor.
Em 1974 entra para a Universidade Veracruzana para dar aulas. Rapidamente entra em divergência com “sistema” e acabará a integrar o Instituto de Investigação Estética e de Criação Artística, de certa forma criado para ela ou por causa dela.

1975 foi um ano marcante. Expõe individualmente no Museu de Arte Moderna da Cidade do México e edita o livro “Si Sabes Ver”, uma edição de autor que só em 84 viria a ser assumido pela universidade, numa 2ª edição. É um livro contra-sistema, contra-corrente, anti-método. Os alunos deixaram de frequentar a universidade e passaram a ir a casa de Myra.

Entre 77 e 79 Myra volta ao Brasil, na sequência da doença do pai, que o levaria à morte. Expõe na Galeria de Arte Global, em São Paulo. Uma exposição individual que a lança mediaticamente no Brasil. Nas ruas pedem-lhe autógrafos. Conhece toda a elite modernista do Brasil.

Regressa a Xalapa em 1979. Trabalha compulsivamente. As exposições sucedem-se. A pintura aparece agora ainda mais depurada. Cada vez mais estilizada. Cada vez mais abstracta. Começa a fazer objectos, colagens, reciclagens. Entre 1980 e 2001, Myra faz cerca de 90 exposições, dentro e fora do México.

Em 1987, o Museu de Arte Moderna do México faz uma retrospectiva da obra de Myra. Foi o culminar de uma carreira que, não tendo terminado, recebe o reconhecimento geral. Foi também em 87 que a famlia se muda a Italia

Em 94 renuncia à Universidade e abandona o México. Passa a residir em Itália. Continua a pintar. Desenvolve uma nova técnica, feita de sobreposições e colagens. As formas deixam de caber nas molduras. Os desenhos saem das margens. São linhas que se continuam a cruzar, mas agora para fora do quadro. Myra ultrapassa o quadrado. Transcende o rectângulo. O espaço ganha um novo volume e a pintura ganha uma nova dimensão.

Em 1998, a filha de Myra parte para a China. Foi nessa altura que lhe deram um computador. Myra tinha então 72 anos. Começou a explorar a máquina e descobriu o Photoshop. Hoje Myra está em contacto com o mundo. Pinta diariamente no seu computador. Criar é o seu destino.

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texto de Jorge Pinheiro para o livro Immagini


nova dimensao da obra a pintura Sai do quadro!!!!!

10 commenti:

João Menéres ha detto...

Como fui eu a editar o IMAGINI, muitas vezes o releio e folheio.
É uma forma de te ter mais perto.

Um beijo querida Myra.

myra ha detto...

eu respondi no correio electronico...mas aqui te digo outra vez que voce e um amigao!!!! adorote!bjosssssss

chica ha detto...

Linda homenagem Jorge te fez! bjs, chica

myra ha detto...

sim, querida Chica, mto lindo! um beijinho

Luísa ha detto...

Jorge sempre assertivo!
Querido o bastante para quem tanto merece! Mil beijinhos adMYRAvel pintira/artista/amiga!

myra ha detto...

sim Luisa, ele e um amigo, uma pessoa tao inteligente e cheio de talento!somos amigos ja faz tempo...beijnhos mil

ana ha detto...

Myra,
O João é uma pessoa muito especial.
Jorge Pinheiro não conheço mas devo dizer-lhe que um conjunto de jovens conhece o seu trabalho e a sua diáspora.
A Myra é uma testemunha muito importante do que se passou nos anos 40 e da forma como conseguiu ter sucesso.
Parabéns.
Não importa trabalhar menos, o que importa é pensar.
Pensar é agora o caminho.
Beijinhos.:))

myra ha detto...

ana, sim oo dosi sao meus grandes amigos virtuais de faz muito tempo...sim eu sei que e importante pensar mas agora com 90 anos, , e tao dificil pintar em grnade,,, fico aborrecida..e somente posso trabalhar com a computadora e alguns desnhos...beijinhos e volte ! gostei!

Li Ferreira Nhan ha detto...

O Jorge e o João são uns queridos e você uma amiga muito querida e especial. Como o Jorge aceryadamente escreveu:"criar é o seu destino". E seu ato criativo se mantém forte, não importa o suporte.
Te adoramos.
Beijos

myra ha detto...

sim Li J.e J, :) sao muito queridos e acho lindo que tbem me queiram..como eu e voce e voce e eu:):):)beijos