giovedì 30 novembre 2017

martedì 28 novembre 2017

museu Salvador Allende - Chile



foi doado  em solidariedade a Salvador Allende....

lunedì 27 novembre 2017

palavras de Jorge Pineiro - para o livro Imagini

Sobre a Myra Landau farei um breve resumo curricular, para que se tenha a noção da dimensão da personagem. 
Nascida a 5 de Dezembro de 1926, em Budapeste, passou por Portugal em fuga desordenada aos nazis e rumou ao Brasil, estabelecendo-se com a família no Rio de Janeiro. Corria o ano de 1941. A sua carreira ir-se-ia desenvolver entre o Brasil e o México. Começou por aprender cerâmica com Robert Tatin, em São Paulo, mas rapidamente começa a pintar. Conhece muita gente que era ou viria a ser importante na cena artística brasileira dos anos 50. Começam então, timidamente, as primeiras exposições. 
Em 1959 a vida de Myra iria mudar radicalmente. Já divorciada de um primeiro casamento e com uma filha, conhece Miguel Salas por quem se apaixona loucamente. Segue-o para o México, onde rapidamente entra no mundo intelectual e artístico mexicano. Começa a fazer gravura. Entra quase inconscientemente na arte abstracta e leva a técnica da água-forte até à saturação. O metal era a sua matéria-prima. Utilizou ácidos puros. E foi assim, quase sem querer, que chegou à “prancha talhada”. A placa de gravação como “objecto de arte” em si mesma. 
Em Fevereiro de 1963 tem a sua primeira exposição individual, na Galeria Juan Martin, a mais importante da Cidade do México. A partir daí a sua carreira está lançada. Myra entra inevitavelmente no mundo da arte de vanguarda e passa a ser um nome incontornável no novo movimento artístico sul-americano. 
Em 1965 as placas de metal dão origem a uma incursão pela pintura. Uma incursão que ela queria manter reservada para si. Um incidente infeliz, porém, faz com que um dos seus quadros apareça mutilado, cortado ao meio, por um dos filhos de Miguel (o homem com quem vivia). Foi o destino. Em vez de desanimar, restaurou-lhe forças. Myra começa a pintar de forma imperativa. Obsessiva. O quadro cortado passou a chamar-se “Ritmo Partido I” e a partir daí todos os seus quadros se passaram a chamar Ritmos. Aquele foi um momento de ruptura. A sua arte mudou. Desde então, Myra vai estilizando as suas pinturas, depurando a sua arte e passa a pintar definitivamente em pastel sobre linho. 
Em 1968, Myra é já uma artista consagrada. Empenha-se politicamente. Toma partido contra as ditaduras que então assolavam a América do Sul e, particularmente, no México. Integra a Associação de Artistas Livres que viria a ser conhecido como “Salão dos Independentes” de que Myra foi um dos fundadores. Os quadros de Myra transformam-se em leituras esquemáticas. Depurados a um extremo que só os mestres conseguem. São ritmos que viajam em linhas. Linhas que unem e se separam, que convergem e divergem. São o que ela chama de “linhas-viagem”. Linhas rectas imaginárias que a levam ao infinito. 
Em 1969, Myra compõe “Ritmo-Homenagem a Salvador Allende”, um quadro de 4x2 metros, que enviou para o Museu da Solidariedade com o Chile. A exposição foi inaugurada em 1972 pelo próprio Allende que Myra tinha conhecido anos antes. Volta ao Brasil. Regressa de novo ao México. Acaba por se fixar em Xalapa, onde viverá os próximos 20 anos. Sempre a pintar, sempre a expor. 
Em 1974 entra para a Universidade Veracruzana para dar aulas. Rapidamente entra em divergência com “sistema” e acabará a integrar o Instituto de Investigação Estética e de Criação Artística, de certa forma criado para ela ou por causa dela. 
1975 foi um ano marcante. Expõe individualmente no Museu de Arte Moderna da Cidade do México e edita o livro “Si Sabes Ver”, uma edição de autor que só em 84 viria a ser assumido pela universidade, numa 2ª edição. É um livro contra-sistema, contra-corrente, anti-método. Os alunos deixaram de frequentar a universidade e passaram a ir a casa de Myra. 
Entre 77 e 79 Myra volta ao Brasil, na sequência da doença do pai, que o levaria à morte. Expõe na Galeria de Arte Global, em São Paulo. Uma exposição individual que a lança mediaticamente no Brasil. Nas ruas pedem-lhe autógrafos. Conhece toda a elite modernista do Brasil. 
Regressa a Xalapa em 1979. Trabalha compulsivamente. As exposições sucedem-se. A pintura aparece agora ainda mais depurada. Cada vez mais estilizada. Cada vez mais abstracta. Começa a fazer objectos, colagens, reciclagens. Entre 1980 e 2001, Myra faz cerca de 90 exposições, dentro e fora do México. 
Em 1987, o Museu de Arte Moderna do México faz uma retrospectiva da obra de Myra. Foi o culminar de uma carreira que, não tendo terminado, recebe o reconhecimento geral. Foi também em 87 que a família se muda para a Europa. Em 1990 morre Pablo, o seu último grande amor e amigo de longa data. A saúde de Myra também não é a melhor. 
Em 94 renuncia à Universidade e abandona o México. Passa a residir em Itália. Continua a pintar. Desenvolve uma nova técnica, feita de sobreposições e colagens. As formas deixam de caber nas molduras. Os desenhos saem das margens. São linhas que se continuam a cruzar, mas agora para fora do quadro. Myra ultrapassa o quadrado. Transcende o rectângulo. O espaço ganha um novo volume e a pintura ganha uma nova dimensão. 
Em 1998, a filha de Myra parte para a China. Foi nessa altura que lhe deram um computador. Myra tinha então 72 anos. Começou a explorar a máquina e descobriu o Photoshop. Hoje Myra está em contacto com o mundo. Pinta diariamente no seu computador. Criar é o seu destino. E mesmo que a morte a leve, Myra já criou uma eternidade. 
Em 2011, Myra deixou Itália e partiu para Jerusalém, onde tinha dois netos. Uma espécie de regresso às origens étnicas. Uma terra que ela não conhecia. Uma terra estranha e, simultaneamente, familiar. Myra continua a não ter pátria, a detestar vento… e continua a pintar.





domenica 26 novembre 2017

linhas

e linhas e linhas
p,ra ca 
e para la
 parece que me levam
pra  ca e pra la
elas vao e vao 
eu sigo tbem
mas nao sei aonde
irei a parar...

venerdì 24 novembre 2017

saudades.............................




palavras jogadas por ai...




 um relampago fulminante
 me joga qual granizo na fatalidade

 nascemos sem querer
 ninguem pediu
 este primeiro grito
de vida
 

mercoledì 22 novembre 2017

algo...e imagen...

busco as ormas
da sua voz
marcada a ferro e fogo
peregrinas dentro de mim


se perderam!


martedì 21 novembre 2017

lunedì 20 novembre 2017

domenica 19 novembre 2017

sabato 18 novembre 2017

Rita Eder :

EXPO -MAM  - 1987


Los pequeños rombos de color vibran como pájaros en vuelo, apenas detenidos por une compleja trama de líneas que atraviesan el plano hacia puntos cardenales desconocidos. A tras de estos laberintos - en donde se pierden y encuentran sensaciones - está el desierto, el silencio del lino crudo, un espacio de arena sobre el que la artista camina e imprime la huella de su mirada. Estas impresiones, meros presentimientos de la sensibilidad de Myra Landau nos jalan hacia una segunda meditación, más precisa, sobre su manera de trabajar.
 
En sus escritos, porque Myra es un tanto poetisa (véase: Si sabes ver), irrumpe con fiereza, la defensa de la sabiduría de los sentidos - para ella - detonantes de la creatividad. Ellos son más fuertes, más sabios y por lo tanto, vencedores de la pura técnica, de aquella que no pasa por la verdad del sujeto que se acerca a la transformación del mundo sensible.

Por temperamento parecería ubicarse en la pintura intuitiva. Es cierto que se inició en el grabado hasta llevarle a todas su posibles herejías, dejando que el ácido decidiera caprichosamente los resultados. En sentido opuesto, su pintura es portadora de un riguroso y diario ejercicio para encontrar un lenguaje en que, si bien domina la investigación en torno a determinadas leyes del color y la línea, compromete sus sentimientos en un lirismo siempre corregido por un pudor que puede llamarse buen gusto o refinamiento.

Así encontramos en los trabajos de esta artista una rara combinación: un arte óptico que no sólo se sustenta en las leyes del ritmo cromático y lumínico, sino sobre todo en su capacidad para hacer que este juego visual - que se complementa en la visión del espectador - se convierta en una poesía del color, con sus sugerencias, sus secretos, su fugacidad y también sus valores concretos.




Rita Eder



venerdì 17 novembre 2017

Jorge Alberto Manrique :

texto sobre Myra Landau - La Jornada - Mexico DF. y catalogo  Expo MAM 1987


 En 1965, después de cinco años de vivir en México, Myra Landau realiza un cuadro, el primero de sus Ritmos. El cuadro tiene el sentido de una revelación. Marca, me parece, un vuelco en su vida artística, sino es que también un cambio en su vida personal. Si es cierto que el estilo es el hombre. Atrás quedaba su lejana Rumania nativa y su vida brasileña; atrás quedaba su fina obra anterior, sus escarceos figurativos y su enfrentamiento al mismo tiempo brutal y refinado con la lamina metálica. Obra empeñosa y consistente, lo anterior quedaba reducido al carácter de antecedente. Las revelaciones - si pueden llamarse así para los artistas que las tienen - entre los pintores se manifiestan en formas. A partir de 1965, Myra Landau asume, ese es el sentido que yo veo en su revelación pictórica, que las cosas y las ideas son para ella reducibles, en su expresión, a la línea y color plano. Línea simple y color plano son capaces de manifestar toda la riqueza de la naturaleza y de los sentimientos (es decir: de nuestra relación con los objetos y con la gente).

Se inicia entonces en esa "geometría sensible", en donde lo geométrico esta contradicho por la sutil línea a mano alzada, en busca de una simplicidad mayor. Una depuración que lleva años. Al trabajo con pastel sobre el lienzo sin preparación alguna, sigue la presencia del lino crudo de la tela como elemento fundamental del cuadro. Las tenues rayas se entrecruzan rítmicamente sobre el lino, como para no impedir la presencia dominante de la trama, reforzadas por los pequeños espacios coloreados. Hay un indudable sentido musical en el trabajo de Myra Landau. Líneas, recuadros inscritos en si mismos, superficies blancas, grises, ocres, rojas, van constituyendo ritmos casi melódicos: acentos, silencios, énfasis, sincopas. Imagino que el proceso de la pintora al realizar un cuadro, en donde deja discurrir un sentido de libertad y de apertura ajustado, sin embargo, a reglas precisas y necesarias se asemeja al proceso de un compositor. Esas reglas precisas y al mismo tiempo laxas que están en la base de cada construcción poética, musical, pictórica de Myra Landau no constituyen una manera o una receta, sino un modo, o más bien un sistema.

No creo que debamos ver la gran riqueza de sus cuadros hechos a partir de mínimos elementos como "variaciones sobre un tema", que serian entonces quizá admirables por la riqueza de imaginación, sino como método para penetrar la realidad exterior e interior. Estamos frente a un artista que no se expande, sino que más bien se concentra. En sus escritos, Myra Landau recomienda a los jóvenes artistas una disciplina de ver y comprender. Ingenuamente, pudiera alguien sorprenderse de una aparente contradicción entre la recomendación de ver y una pintura no figurativa. No es así, sin embargo, si entendemos que el sistema adoptado por Myra es un método de observación y de introspección: una cala en profundidad, de la que esta ajena toda posibilidad teatral. Una retórica en el sentido original. Por más de veinte años, los más de veinte años expuestos en el Museo de Arte Moderno, Myra Landau ha sido esa creadora solitaria y pertinaz, ajena a corrientes y a tendencias, a movimientos y sobresaltos. Segura de la revelación inicial, su tarea es continuar en esa profundización y descubrir así el mundo.






Jorge Alberto Manrique

mercoledì 15 novembre 2017

martedì 14 novembre 2017

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mercoledì 1 novembre 2017