mercoledì 30 giugno 2010
martedì 29 giugno 2010
lunedì 28 giugno 2010
A Grande Ilusao - Iosif Landau - 2003
se a vida não é um dia sem fim,
ou uma noite bem chinfrim
e a solidão, um descanso, enfim,
por que então,
não vejo meu rosto refletido n'água,
não emito sons que dão risadas,
não ouço o eco das minhas pisadas,
não reconheço meu nome quando chamado,
não me lembro do olhar de minha amada,
nem do meu coração bater acelerado
ao acordar de madrugada com ela ao meu lado?
a pedra do meu anel apagou seu brilho,
o mar perdeu seu encanto,
o sol tem cores sem nuance,
e carne vermelha e chocolate são veneno,
fumar é crime e pensar em fazer sexo
é o mesmo que ler um livro sem texto,
por que, então,
penso ainda ver nascer um bisneto,
desejo ser um imortal poeta,
guardo conhecimentos sem nexo
e vivo fora do atual contexto?
oh, grande ilusão, arrume um pretexto,
sopre a vela, apague a chama, espalhe a fumaça,
apenas uma graça,
poupe-me da desgraça do ano bissexto.
domenica 27 giugno 2010
Houdini- algum tempo atràs...
hoje somente um quadro
que fiz para um amigo
admirador de Houdini
bastante complicado!
sabato 26 giugno 2010
un pò di chiarore
il mio sguardo
vaga libero
ma
non vedo
nessuna luce
ho smarrito
le mie idee
fra le nuvole
un pò
di chiarore
per favore
venerdì 25 giugno 2010
giovedì 24 giugno 2010
Conto - 2003 - Iosif Landau
conta-me uma história
de muitas estrelas
e de profundo carinho,
de amor e paixão,
de perfume e flores,
de borboletas multicolores,
mas se não sabe de nenhuma,
se não se lembra da infância,
se não sente saudade do primeiro beijo,
pronuncie apenas meu nome
como naquele dia
em que eu nunca imaginara
que você o conhecia.
mercoledì 23 giugno 2010
martedì 22 giugno 2010
esta sempre aqui...
lunedì 21 giugno 2010
domenica 20 giugno 2010
sabato 19 giugno 2010
Donzela -Poema de meu irmao-2003
no Saara praiano, miragens imortais,
teria eu sido belo por ter sido jovem?
ninguém por perto para zombar,
Grande Ilusion, sauve-moi de mon désespoir!
torço as mãos, espremo a dor, pânico, suor,
pálpebras caídas, olhos-catarata miram o sol doente,
ratos de bueiros, língua negra, donos da orla decadente,
a urina de habitantes noturnos evapora fedor,
sombras de edifícios na areia, criminosa agressão,
luzes vaga-lumes iluminam o morro favelado,
o caminho de volta, direto ao sono eterno,
na noite nunca silenciosa, a mente estilhaça,
o sentimento de faminta impotência domina,
nada belo espera-me daí em diante,
manhãs demais passadas na praia,
no meu quarto, minha cama,
Belle de Jour et moi, amour sans cesse,
Never more, nor now, nor days to come,
foram-se os dedos, também os anéis,
lembranças a mil léguas distante.
Pubblicato da myra a 02.43
1 commenti:
TORO SALVAJE ha detto...
Me gusta.
Me gusta mucho.
Besos.
venerdì 18 giugno 2010
imprecisao
na nossa memoria
uma impressao
de "déjà vu "
uma imprecisao?
o tempo
transforma
a forma
e a cor
das coisas
tudo envelhece
poderiam ser outras
ou sao as mesmas?
distorsiona
as palavras
disfarça gestos
joga fora
ou esconde
em algum remoto
lugar de nosso
inconsciente
algo que nos feriu
nao serà
que deforma
também
a nossa visao
do que foi
ou nao foi
e jà nao é
ou nunca foi?
giovedì 17 giugno 2010
bello o brutto?
mercoledì 16 giugno 2010
battibeco ridicolo - foto Dominique Landau
martedì 15 giugno 2010
qui e lì
lunedì 14 giugno 2010
Halte-là!
domenica 13 giugno 2010
assurdità
sabato 12 giugno 2010
do Blog de meu irmao....Poema sem Fim...
..e me afastei das paredes demolidas
e saí em desabalada corrida
fugindo do meu passado corroído
por imensas tristezas e longas caminhadas
por vales nevoados, caveiras com bigodes,
de olhos azuis, com cabelos negros e
e doces sorrisos,,
morri num sonho e acordei morto?
delicada lagartixa pousada no meu ombro
pulsa e com pequenos olhos vermelhos
procura os insetos que roeram minha sanidade,
meu rosto uma vidraça opaca,
ouve musica fúnebre, vê decadente figura
dançar arrasta pé num tumulo sem nome,
o dia vira noite e não volta a ser dia,
e eu com vitimas e assassinos
colhidos em valas, nos dormitórios,
escritórios e oratórios flutuamos em camadas
sobre a cidade quente e abandonada,
mas esse é um outro sonho,
ouço uma porta abrir e fechar com estrondo,
um carro se aproxima com faróis altos,
eu estou no volante com as duas mão seguras
e presas nele, murmurando uma melodia
que ninguém jamais ouviu,
e talvez a mulher enquadrada no vão da porta
seja a que vai verter lágrimas ao me ver morto,
meus ouvidos atentos ouvem a cidade rosnar,
minha mente demente vê um metrossexual
beijar o porteiro na boca,
alguém tropeça, outro xinga, alguém mija na calçada,
preciso reencontrar meu lixo,
estancar o esgoto saindo pela narinas,
me vejo de bermudas, camiseta e chinelos,
entro no táxi, o motorista fala, me aborrece,
uma sirene uiva, uiva e uiva, se repete, não cessa,
a mulher se abaixa acaricia a cabeça da criança,
– é escultura minha infância –,falo alto,
– sou outro agora,
não acontecerá de novo –,
o motorista se cala, e eu repito:
– sou outro, sou outro...–
o ar refrigerado do carro me arrepia,
acreditar nos homens é como acreditar numa serpente,
acreditar nas mulheres é ser mordido pela serpente,
“hoje, meu amor,
folhas dançam no vento,
pedestres se esgueiram pelas paredes
dessa cidade sem graça,
e eu uma alma descarilhada nos trilhos do trem vida
não consigo ver seu rosto, sua boca, seus olhos,
deixe sua pureza invadir – me todo,
e permaneça ali pra recolher os cacos,
te amei e você me quebrou por dentro”,
-– doutor, bonita letra, é do Lupicínio? –,
– não é, é do meu vizinho! –,
a vi pela janela,
– pára!–, gritei e saí correndo,
me ajoelhei na calçada a sua frente:
– também sinto sua falta,
tudo mudou, não tem ninguém no inferno,
ás vezes beijo estranhos,
as vezes ninguém mais fala,
hoje faz um calor danado,
estou suando, você não está?
vamos dançar algum dia como antigamente,
está tudo certo comigo agora,
ta tudo arrumado,
um tapete persa na sala,
poltrona e sofá do Joaquim Tenreiro,
ar condicionado, TV de plasma,
quadros de Picasso,
cama onde Madame Pompadour se deitou,
flores naturais te aguardam,
venha que te juro fidelidade
e amor sem idade–,
me deu uma bofetada,
voltei pro táxi,
– pra onde doutor? –,
– pro cemitério do Caju –
venerdì 11 giugno 2010
e hoje é uma sexta feira...
era uma sexta-feira
mais
que indignada
muito zangada
porém indecisa
soube
que o namorado saiu
com outra
numa sexta feira
a cozinheira nao veio
teve que preparar o almoço
pr'a familia
e eram muitos
detesta e nao sabe cozinhar
na sexta feira seguinte
començou o dia chorando
depois riu às gargalhadas
nao quiz mais esperar
outra sexta-feira
bateu a porta
na cara de todos
e se mandou
pr'a outro inferno
giovedì 10 giugno 2010
mercoledì 9 giugno 2010
bella domanda
martedì 8 giugno 2010
pour Tamara - 7 Juin 2010 - Bachelor!!!
l'impossible
lunedì 7 giugno 2010
dormindo ou acordada?
um dia
confundi
o dia com
a noite
como em sonho
estava fazendo
minhas eternas
linhas
dormia?
- acho -
foi isto
que acordada
vi
se alguem sabe frances
e lhe intressa
coloquei um poema
no blog:
www.gigi-e-myra.blogspot.com
domenica 6 giugno 2010
- poema de Jacques Prévert - fragmento
Je hais les dimanches!
Je hais les dimanches!
...............................................
Tu travailles toute la semaine et le dimanche aussi
C'est peut-être pour ça que je suis de parti pris
...............................................
Les dimanches de printemps
Tout flanqués de soleil
Qui effacent en brillant
Les soucis de la veille
Dimanche plein de ciel bleu
Et de rires d'enfants
De promenades d'amoureux
Aux timides serments
Et de fleurs aux branches
.....................................................
Que d'autres dimanches
.....................................................
Et tous les honnêtes gens
Que l'on dit bien pensants
Et ceux qui ne le sont pas
Et qui veulent qu'on le croit
Et qui vont à l'église
Parce que c'est la coutume
Qui changent de chemises
Et mettent un beau costume
Ceux qui dorment vingt heures
Car rien ne les en empêche
Ceux qui se lèvent de bonne heure
Pour aller à la pêche
Ceux pour qui c'est le jour
D'aller au cimetière
Et ceux qui font l'amour
Parce qu'ils n'ont rien à faire
Envieraient notre bonheur
Tout comme j'envie le leur
D'avoir des dimanches
De croire aux dimanches
D'aimer les dimanches
Quand je hais les dimanches
sabato 5 giugno 2010
algo do blog de meu irmao Iosif Landau - 2008
BOTERO EM CAMPINAS
..e nômade viveu por dezenas de anos, judeu errante? desde os quatorze anos , passos largos de um país pro outro, pulo gigante de um hemisfério pro outro, no novo país de um ponto pro outro e nômade foi seu coração, inexistente Dom Juan? não, não...pétalas mulher atravessavam seu caminho suas andanças, não sacudia roseiras, cerejeiras nem colhia flores campestres nem de orquídeas se aproximava apenas tudo contemplava vivia sua vida de espinhos dos espinhos se esforçava afastar e pétalas mulheres sensíveis belas famintas suaves de cores variadas desenhos diversos tamanhos diferenciados em noites solitárias lhe faziam companhia e a todas colhia e recolhia gentil e educado e a todas sucumbia aprisionado por cada pétala mulher primavera alegre verão suado outono suave inverno inclemente e de todas nunca se esquecera, maldição de Hades deus de poucas palavras e muitos medos, rei do submundo dos mortos, levando - o à loucura do desespero...o desespero até na solidão do seu loft onde nômade era da porta ao banheiro Hades aparecendo pra colher do cemitério da sua mente pétalas enterradas...1970 lama poeira a vinte quilômetros de Campinas ao vilarejo Paulinia, tratores e maquinaria pesada na gleba da Petrobras, desmatar, rasgar terra, implantar nova refinaria, sua vida repetida naquela guerra de fazer, de ganhar dinheiro pro patrão, de satisfazer seu ego guerra repetida, quarenta anos do mesmo sem mesmo agora velho conseguia se livrar desse pesadelo, tempos de isolamento sem computador, celular, sempre isolado solitário e também solitário agora, onde errara?...a vida em Campinas boa por uns tempos com a amante de Bauru e com Petrobras toda na mão, chefias da construção contemporâneos de faculdade...mudanças, a amada ida, desaparecida o deixou de corpo e mente capenga e naqueles idos tempos Petrobras osso duro de roer todos envoltos na bandeira verde amarela SNI implantada vigiando criando casos e suspeitas por um simples apertão de mão entre membros dos times opostos, contratado e contratado e da noite pro dia discussões e contendas e ele nesse fogo cruzado ... de noite ele se escondia num puteiro em Viracopos, bebia e ficava em conversa com as mulheres, amizade com o cara do bar e não transava e elas o sacaneavam :“é carioca, é um chato, fica examinando, carioca é malandro,...... ” e ele ria e pagava bebida pra todas, um cara encrencou com ele um noite-....! e a porrada comeu solta ele despejou sua raiva acumulada em cima do cara ficou até com pena dele, nariz quebrado quase sufocado numa gravata...uma noite encontrou o que queria, índia pequena, seios pontudos, tocou a sinfonia libidinosa toda...não voltou mais a Viracopos, não precisava, ela comparecia todas as noites onde ele morava casa alugada pela companhia, só pagava o táxi, acabou cansado da índia por ele bem gratificada e Campinas com fama de cidade capital de gays provou ser ao contrário, arrumou outra num bar do hotel o único em 1970 cujo nome não mais se lembrava perto da catedral onde o sino badalava a cada quinze minuto, a mulher de dia funcionária publica de noite fazia a vida, com ele ficou três meses gamadona, desfiou – lhe toda a sua desgraça, sustentar a filha em bom colégio mãe doente irmão desempregad0 história de toda puta ouvida e repetida tantas vezes, ele tinha bom coração, fingiu acreditar e noite após noite transa mesmo durante a Copa de 70 futebol só na cama, cansou – se dela a levou pruma butique deu – lhe de presente dois vestidos e bye-bye, sem choro nem despedida cruel, mas em Campinas chovia mulher e num sábado de tarde apareceu um dos seus engenheiro a tira – colo com duas mulheres uma era do cara...... ele ficou com a outra sem vontade de nada, gordona, rosto bonito... "amo outro, um negro muito belo” e ele ficou muito de saco cheio e sem muita cerimônia a empurrou com algum esforço, era pesada ...." mas você não ama o negão?”, “amo, mas ele só me quer já feita”, e despida gorda e alva, modelo do Botero até que não teve que pensar duas vezes fez o serviço no tapete no sofá ela não cabia, e ficou apenas nisso... duas semanas mais tarde voltou pro Rio, Campinas não lhe deixou saudade, mas deixou plantado nele tesão pelas gordinhas...e no seu loft ele sorriu, ser nômade não era mal de todo, gordinhas tinham também seu charme.
---------------------------------------------------------------------------------
Iosif Landau engenheiro andou por todo o Brasil
com muitas experiencias no seu trabalho
...verdade ou nao
esta de Botero, nao sei, mas achei o final divertido
agir
giovedì 3 giugno 2010
( : = ? = : )
mercoledì 2 giugno 2010
escrito tempos atràs...
un dia...
Um dia assim de repente compreendeu a loucura.Vem assim, pouco a pouco, e de repente. Algo na garganta que não pode controlar. Um grito.
Quando percebeu já era tarde. Sentia-se mal. E, ao mesmo tempo, melhor. Ninguém escutou. Seus pais estão surdos. Como sempre. Que aconteceu?
Exatamente nada de novo. Nada especial. Acumulo de emoções saturadas. Ninguém com quem se abrir. Vìu de repente esta casa, que nunca foi casa mas sim paredes e tetos abrigando gente que nada tinha que ver um com o outro, abrigando móveis, fotos. Ali, assim, para sempre, intocáveis, sem carinho. E assim ontem sentiu-os gritar, rir. Uma risada vingativa, uma risada de tortura. Foram chegando, chegando, se sentiu afogar. Uns móveis com mais vida que este homem e esta mulher que vivem (vivem? ) esperando a morte. Vivendo ( vivendo ?) esperando a vida.. Não era culpa deles, tinham deixado seu pais, a mãe, os amigos, a casa, o trabalho, enfim todas suas coisas, quando tiveram que sair correndo por causa da guerra, – isto ela entendeu mais tarde. Tarde demais. Naquele momento sentia somente esta enorme ausência de tudo, de atenção, de comunicação, de uns beijos de verdade ou de uma mão nos cabelos, de uma carícia, de tudo, enfim.
Segue:
Umas paredes cheias de ecos dos gritos, de dicussões sem fim, irremediáveis que encheram esta coisa – não casa – e sua adolescência. A fizeram fugir toda sua vida.
E se levantou correndo, atravessando este corredor comprido, comprido, escuro e todos a perseguiam.
Correu depois do grito, para o seu quarto com o coração pulando de terror.
Viu então a verdadeira solidão. Não a solidão sozinha. Gostosa. Não. Uma solidāo povoada de pesadelos, junto a pessoas com quem nada se tem a ver – que nunca se teve nada que ver. Seus pais. Era apenas uma imagem criada pela sua ansiedade, necessidade de amor, de ternura, de compreensão. Esta imagem formidável era somente uma imagem. E como tal caiu. E ficou a realidade. Cruel verdade. Uma vida de desamor. Um ambiente de quase terror. Uma atmosfera de hipocrisia. Uma tremenda comédia de mau gosto. Uma novela de televisão. De tudo isto tratou de fugir desde que tinha idade de razão. Até que conseguiu.
De erros em erros, escapando,
fugindo, sempre caindo em outras comédias e angustias.
Longe, encontrou amor, ternura, comunicaçāo.
Até aquele dia quando voltou àquela coisa-casa
un dia...
– e gritou. Um grito diferente. Tinha que fazê-lo antes de ser demasiado tarde para todos. Foi um grito, nāo de loucura como aquele daquele dia. Uma explosão, fez chorar, chorou. Foi outro grito intenso que a libertou para sempre. Gritou sua verdade.
Conseguiu quebrar o feitiço da tremenda incomunicaçāo.
…et devant mon regard ému, j’ai compris la peur, la faiblesse et la vulnérabilité des ĕtres humains. Tous.
Um dia assim de repente compreendeu a loucura.Vem assim, pouco a pouco, e de repente. Algo na garganta que não pode controlar. Um grito.
Quando percebeu já era tarde. Sentia-se mal. E, ao mesmo tempo, melhor. Ninguém escutou. Seus pais estão surdos. Como sempre. Que aconteceu?
Exatamente nada de novo. Nada especial. Acumulo de emoções saturadas. Ninguém com quem se abrir. Vìu de repente esta casa, que nunca foi casa mas sim paredes e tetos abrigando gente que nada tinha que ver um com o outro, abrigando móveis, fotos. Ali, assim, para sempre, intocáveis, sem carinho. E assim ontem sentiu-os gritar, rir. Uma risada vingativa, uma risada de tortura. Foram chegando, chegando, se sentiu afogar. Uns móveis com mais vida que este homem e esta mulher que vivem (vivem? ) esperando a morte. Vivendo ( vivendo ?) esperando a vida.. Não era culpa deles, tinham deixado seu pais, a mãe, os amigos, a casa, o trabalho, enfim todas suas coisas, quando tiveram que sair correndo por causa da guerra, – isto ela entendeu mais tarde. Tarde demais. Naquele momento sentia somente esta enorme ausência de tudo, de atenção, de comunicação, de uns beijos de verdade ou de uma mão nos cabelos, de uma carícia, de tudo, enfim.
Segue:
Umas paredes cheias de ecos dos gritos, de dicussões sem fim, irremediáveis que encheram esta coisa – não casa – e sua adolescência. A fizeram fugir toda sua vida.
E se levantou correndo, atravessando este corredor comprido, comprido, escuro e todos a perseguiam.
Correu depois do grito, para o seu quarto com o coração pulando de terror.
Viu então a verdadeira solidão. Não a solidão sozinha. Gostosa. Não. Uma solidāo povoada de pesadelos, junto a pessoas com quem nada se tem a ver – que nunca se teve nada que ver. Seus pais. Era apenas uma imagem criada pela sua ansiedade, necessidade de amor, de ternura, de compreensão. Esta imagem formidável era somente uma imagem. E como tal caiu. E ficou a realidade. Cruel verdade. Uma vida de desamor. Um ambiente de quase terror. Uma atmosfera de hipocrisia. Uma tremenda comédia de mau gosto. Uma novela de televisão. De tudo isto tratou de fugir desde que tinha idade de razão. Até que conseguiu.
De erros em erros, escapando,
fugindo, sempre caindo em outras comédias e angustias.
Longe, encontrou amor, ternura, comunicaçāo.
Até aquele dia quando voltou àquela coisa-casa
un dia...
– e gritou. Um grito diferente. Tinha que fazê-lo antes de ser demasiado tarde para todos. Foi um grito, nāo de loucura como aquele daquele dia. Uma explosão, fez chorar, chorou. Foi outro grito intenso que a libertou para sempre. Gritou sua verdade.
Conseguiu quebrar o feitiço da tremenda incomunicaçāo.
…et devant mon regard ému, j’ai compris la peur, la faiblesse et la vulnérabilité des ĕtres humains. Tous.
martedì 1 giugno 2010
lato sensu
Iscriviti a:
Post (Atom)